segunda-feira, 4 de julho de 2011

Meia Noite em Paris



Normalmente eu não faço resenhas sobre filmes. Não é minha praia. Mas eu posso escrever sobre o que gosto e os filmes do Woody Allen sempre me agradam. Não sou nenhum fã incondicional que disseca da filmografia do cara. Assim, de cabeça, lembro que assisti Poderosa Afrodite (1995), Os Trapaceiros (2000), Match Point (2005), Celebridades (1998), Scoop (2006) e agora o Meia Noite em Paris, que vi ontem. Como podem ver, são todos obras recentes. Tenho algumas coisas antigas dele agendadas para ver, como O Dorminhoco (1973) e Tudo o que Você Sempre Quis Saber sobre Sexo mas Tinha Medo de Perguntar (1972)... Mas vão ficar pra depois.

O que posso dizer desses filmes que já vi é que Woody Allen parece melhorar sempre. É impressionante! Entre esses filmes que vi, com exceção de Match Point, que é quase um thriller, diferente dos outros: comédias, ele parece bater sempre na mesma tecla, mas com um estilo particular a cada vez. É gostoso de ver! A verdade é que suas comédias românticas, sempre protagonizadas por ele, mesmo quando não está atuando (vide Kenneth Branagh em Celebridades, ou mesmo o Owen Wilson nesse Meia Noite em Paris), são aqueles filmes que você fica com aquele sorriso de bobo quando os créditos sobem e as luzes acendem. Woody tem o poder de nos transformar em expectadores e só! Nada mais importa! Poderíamos continuar assistindo aquilo até o fim das nossas vidas. E o que mais me impressiona nele é que é completamente despretensioso.



Meia Noite em Paris é um filme que se passa nos dias de hoje sobre um cara que é apaixonado por um passado que não viveu, como se tivesse a sensação de que nasceu na época errada. Ele é encantado pelos anos 20 de Paris, com os grandes artistas que viveram ali naquela época, naquela áurea, como Picasso, T. S. Eliot, Scott Fitzgerald, Dalí e tantos outros que aparecem no filme. É imperdível ver Hemingway desafiando as pessoas para uma boa luta de boxe!



Um filme sobre se encontrar no tempo em que se vive.

É o seguinte: Meia Noite em Paris está em cartaz e, se você nunca assistiu a um Woody Allen, não perca tempo. Ele é um velhinho atrapalhado como vimos em seus filmes e nunca saberemos quando ele poderá bater as botas... Desfrute-o como se fosse a última vez que pudesse fazer isso. Aproveite!

5 comentários:

Vera disse...

Tenho visto muitos filmes dele. O mais recente que vi foi o "Dirigindo no escuro", e comecei mas não terminei ainda o "Maridos e esposas". No entanto, meus preferidos são: "A rosa púrpura do Cairo", "Annie Hall" e "Manhattan".
Acho que devo ter visto uns 10 ou 12, e tenho vários gravados que pretendo ver ainda esses dias. ;-)
Woddy é genial, e você soube descrevê-lo muito bem, pontuando as qualidades que fazem dele um diretor ímpar e essencial num mundo em que nada mais parece novidade.
E sim, quero muito ver "Meia noite em Paris".

Beijo.

Bernardo Aurélio disse...

Obrigado Vera. Não vi nenhum desses que vc diz ter gostado mais...

Pretendo ver tb, quando tiver oportunidade.

Quando escrevo sobre alguma coisa procuro descrever o que sinto ou percebo, sem me aprofundar muito no objeto em si. Pelo menos é isso que tento fazer nas últimas resenhas que escrevi.

Vera disse...

Eu gosto da forma como você escreve, aliando o objeto e sua visão sobre ele.
"Annie Hall" é o famoso "Noivo neurótico, noiva nervosa". ;-)) Particularmente, prefiro o segundo título, é mais chamativo, mas originalmente ele é "Annie Hall" por causa da Diane Keaton, que está no elenco. É como ela é conhecida na intimidade.

Depois eu te passo a lista dos filmes que vi dele.

Beijo.

Caio A. disse...

Assisti com minha namorada depois de ler essa pequena resenha e outra de uma amiga minha , filme realmente bom comédia regrada romance nada piegas e uma pitada de drama nada fora do normal , um dos melhores filmes que já assisti , primeiros de muitos do Woody Allen (espero ) e como o Bernardo disse ninguém sabe quando ele pode bater as botas então vamos aproveitar o/ .

Bernardo Aurélio disse...

Opa! Post bombambo... Tão bom moldar a mente das pessoas com nossas opiniões... heheheh!

Foi sincero! Tenho certeza que gostou do filme...