terça-feira, 29 de julho de 2014
Curso de Impacto
Algumas pessoas me pedem conselho sobre seus desenhos. Na maioria das vezes é muito chato ficar apontando problemas quando, na verdade, todos temos nossos erros.
Nessas ocasiões, sempre recomendo procurar o Curso de Impacto, de Greg Capullo. Independentemente do seu estilo, o Curso de Impacto será útil para aprender boas e importantes dicas para quem quer aprender a desenhar e trabalhar com narrativa de quadrinhos.
Aqui vai o link pra download.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Como ser colecionador nos dias de hoje?
Uma experiência particular
“Recentemente, estou lendo Tex”.
É o que vou dizer a partir de agora. Sou dono de uma livraria especializada em
quadrinhos e, eventualmente, perguntam-me o que estou acompanhando,
colecionando e, bem, tem se tornado difícil responder porque não tenho tido sorte
com os títulos que gostava.
De mangás, eu colecionava
Evangelion, Sanctuary e Blade. E eles tiveram certos problemas. Evangelion é
uma novela para terminar, com uma edição sendo lançada por ano. Sanctuary e
Blade foram canceladas pela editora Conrad e não há nenhuma promessa no horizonte para voltarem às bancas. Nos comics, de forma geral, colecionava Vertigo, mas aí veio o reboot
da editora DC e todo decenauta sabe que os “novos 52” acabou de vez com o selo
Vertigo e enterrou o Constantine. Uma dedução rápida pra vocês: Constantine NÃO
É Hellblazer. Liga da Justiça Dark é uma PORCARIA sem tamanho. A revista mensal
“Vertigo” acabou na edição 51 e a única coisa que a salvava era Escalpo e, vez por
outra, Vampiro Americano. Homem-Animal e Monstro do Pântano, publicados em
encadernados, são demasiadamente medianos... Uma das minhas mais longas coleções
é Mágico Vento, com mais de 150 edições publicadas e que eu acompanhava
religiosamente, mas que o autor decidiu encerrar.
(Constantine em Liga Dark. É disso que estou falando: grande merda!)
De maneira que eu praticamente
parei com periódicos, porque os mensais da Marvel e DC há tempos eu deixei de
lado e os mangás que poderiam valer a pena meu irmão já coleciona. Então eu
compro a coleção Salvat, pra talvez salvar minha alma de um algum débito
superheroico, além de aumentar minha coleção com edições especiais pra livraria
de vários gêneros, de Eisner a Joe Sacco, de Manara a Mutarelli. Mas o que
comprar mensalmente? Como continuar sentindo o gostinho da periodicidade que
mantém o mercado de quadrinhos aceso por tantas décadas? Onde achar algo que
valha a pena?
Recentemente, um amigo me deu uma
edição ensebada de Tex Ouro nº4 e disse que eu deveria fazer melhor proveito
dela. Já li alguns Tex. Normalmente as edições gigantes. Até tenho algumas, que
seleciono por conta do desenhista, como a assinada pelo John Buscema e outra
pelo Ivo Milazzo... nunca por conta do Tex em si... Mas, poxa! O cowboy texano
está nas bancas há tanto tempo! Tem de haver algo de muito especial nele. Eu já
venho do mundo bonneliano desde Dylan Dog, Ken Parker e Mágico Vento, mas hoje
sou órfão dos três que não estão mais nas bancas, por isso, vou dar uma chance
para o ranger de amarelo e sabem
porquê? Simplesmente porque é bom! As tramas são boas, as histórias são
fechadas, a continuidade não atrapalha praticamente em nada, apesar do título
mensal já ultrapassar a casa de 5 centenas de edições, e os desenhistas, praticamente
todos, são, no mínimo, muito competentes. Alguns são maravilhosos.
Agradeço ao amigo (valeu,
Felipe!) que me deu Tex Ouro nº4, mas o grande motivo para me tornar
colecionador a partir de agora foram as edições 535 e 536 que peguei na banca
semana passada. Ambas, brilhantemente desenhadas pelo genial Frisenda, antigo
conhecido das páginas do Xamã Sioux Ned Ellis, vulgarmente conhecido como
Mágico Vento. Por isso, com a certeza de não errar, “estou lendo Tex”, um
verdadeiro Rei nas bancas do Brasil e do mundo. Rex Tex!
terça-feira, 22 de julho de 2014
Californication acabou!
Ontem terminei de assistir Californication.
Me disseram que era a última temporada e, bom, eu não gosto de procurar notas
de produção e novidades da série, por isso não fui conferir se era realmente o
final.
Acontece que a sétima temporada é
tão perfeita e vai acontecendo tão naturalmente, como deve ser a vida, que na
altura do penúltimo episódio você simplesmente não acredita que vai acabar!
Tanta coisa acontecendo na vida do senhor Hank Moody que daria pano pra manga
de pelo menos mais umas duas temporadas.
Californication serviu como
abafador de dor de cotovelo e divertiu com cenas terrivelmente absurdas. Mas
verdade seja dita: teve seus altos e baixos. A primeira e segunda temporada são
perfeitas, daquelas que o prenderão pro resto da série não importa a merda que
façam com os personagens.
Foram sete anos de Californication que ensinaram alguma coisa pra gente... A série parece a vida e a vida ensina que quase sempre não pode ser parecido com a TV. A vida muda e a nostalgia deixa de existir e no final, são apenas personagens pelos quais torcemos, não somos mais nós...
É verdade também que a série
poderia ter acabado no quarto ou quinto ano, mas as surpresas deste sétimo ano
compensaram muito.
Pra quem é órfão de Fox Mulder ou gosta de um
humor grotesco e sexual ou, simplesmente, pra quem sabe apreciar um divertido drama:
recomendo fortemente. Abraços, Hank. Beijos, Karen e um tapa na careca do Charlie!
Vocês foram demais!
segunda-feira, 21 de julho de 2014
E de Extinção
Por Bernardo Aurélio
Nunca fui um grande leitor de
X-Men. Na verdade, conheço pouquíssimo da vasta novela mutante interminável que
durante décadas foi escrita por Chris Claremont e dezenas de outros autores. De
certa forma, na ignorância, reverencio o título. Também não sou um grande fã de
Grant Morisson. Da sua obra, guardo na memória obras belíssimas como Superman –
Grandes Astros, Asilo Arkhram e Homem Animal. Entretanto, como um leitor em
débito com o universo Marvel, resolvi colecionar as edições publicadas pela
Salvat e eis que li: E de Extinção.
A primeira coisa que chama
atenção são os desenhos do Frank Quitely, daquele tipo “ame-o ou odeio-o”. O
desenhista já fez dobradinha com o escritor em outros títulos, como Flex
Mentallo e Superman, que acabei de citar como um dos pontos autos do autor.
Outra coisa que chama atenção é que é uma obra pequena, em apenas três partes,
dessas histórias que devem (digo “devem” pq não acompanho a série regular de
X-Men) se destacar no meio de tantos títulos mensais que tem um enorme “X” na capa.
É como se, no meio de tanto mainstream
um pequeno arco de três edições pudesse se tornar um ponto alto na biografia do
grupo.
E de Extinção conta a história de
um novo plano usando antigos Sentinelas (robôs roxos que, apesar da démodée, são especialistas em matar
mutantes, mas nunca foram muito eficientes) reformados para melhor fazerem seu
trabalho. Por trás deste plano está Cassandra, um ser que aparentemente possui
poderes mentais e... (bom, odeio spoillers).
A história é grandiosa e acontecem coisas que não podem ser consertadas, como a
morte de 16 milhões de mutantes (ops... desculpem!).
Outro ponto interessante é o
questionamento levantado em alguns momentos: porque existem mutantes legais
como Wolverine e Jean Gray, que são superpoderosos e sexys, além de parecerem
humanos normais, enquanto, ao mesmo tempo, existem monstros cada vez mais
bestiais como o Fera e outras criaturas mais aterrorizantes? Que tipo de
evolução é essa que gera o pobre John Feioso, onde o único salto evolutivo que
o gene X foi capaz de fazer trata-se de uma cabeça com três rostos que não
podem fazer nada contra um Sentinela? Afinal, pq certos mutantes são
extremamente poderosos, bacanas e bonitões enquanto outros não parecem humanos?
Fica a pergunta que, na verdade,
tem em sua resposta, a grande sacada dos X-Men: o diferete gera repulsa e
ódio. E o pobre John Feioso é apenas
feio pq não parece humano.
Enfim, recomendo.
Sem falar que a Emma tá um pitel.
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