Um dos projetos de incentivo cultural que mais tem dado um empurrãozinho para artistas piauienses está com inscrições abertas. Foi lançado o Edital 2009 da Lei de Incentivo Cultural – Projeto A. Tito Filho, feito por intermédio da Prefeitura de Teresina, Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves e do Conselho Municipal de Cultura. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de dezembro na Sala do Conselho Municipal de Cultura, que funciona no Palácio da Justiça, na Praça da Bandeira.
De acordo com o edital 2009, disponível no site da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves [www.fcmc.pi.gov.br], o projeto contempla as áreas de música, teatro, dança, cinema, fotografia e vídeo, literatura, folclore, artesanato, artes plásticas, patrimônio histórico, cultural e natural, de natureza material e imaterial, bem como pesquisas nas áreas referidas. O objetivo do incentivo é a exibição, utilização e circulação pública dos bens culturais deles resultantes.
Neste ano, o projeto está aberto para artistas, produtores, grupos ou companhias com atuação no Município de Teresina, no qual cada proponente pode inscrever somente um projeto, como autor ou co-autor. Serão disponibilizados R$ 500.000,00 do Fundo Municipal de Cultura para os projetos.
As inscrições são gratuitas são recebidas pela Comissão de Gerenciamento e Fiscalização de Projetos, do Conselho Municipal de Cultura, até o dia 15 de dezembro, exceto aos sábados, domingos e feriados, no horário das 8:00 às 13:00 horas, no Palácio da Justiça, localizado na Rua Coelho Rodrigues, 954, Centro, em Teresina.
Os projetos serão apreciados por uma comissão formada por especialistas escolhidos dentre pessoas de reconhecida competência nas diferentes áreas abrangidas pelo edital.
No ano passado foram inscritos 170 projetos, sendo 56 da área de música, 38 na literatura, 23 de teatro, 15 em vídeo e outros 38 nas demais áreas.
A LEI
A Lei A. Tito Filho (Lei nº 2.194) foi criada em 1993 e já possibilitou o financiamento de cerca de 180 projetos em várias áreas, o que tem contribuído para incrementar o cenário cultural da cidade. O incentivo fiscal às empresas dá-se com o ressarcimento total, pela Prefeitura de Teresina, através de desconto de ISS e IPTU (ou seja, 100% do valor investido no limite de 20% do imposto devido). O artista entrega seu projeto à Secretaria da Lei que o repassa ao Conselho Municipal de Cultura, para apreciação e posterior aprovação nas diversas áreas.
A Lei recebeu esse nome em homenagem ao Professor Arimatéa Tito Filho, escritor, que foi membro da Academia Piauiense de Letras e grande incentivador da produção e valorização da cultura teresinense.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
11ª Feira HQ em 2010 já está garantida!
Não há muito o que dizer... Aprovamos a 11ª Feira HQ no edital do BNB. A Feira do ano que vem está garantida!!! Muito obrigado a todos, principalmente à comissão do BNB! Agora é trabalhar! Amos lançar o edital ainda este ano, na feijoada do Núcleo, dia 20 de dezembro!!!
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Primeira Resenha de Foices e Facões - Livro resgata episódio histórico pouco lembrado
A resenha abaixo foi publicada no endereço http://blogdosquadrinhos.blog.uol.com.br/ . O autor, Paulo Ramos, tem um grande currículo: é jornalista, professor universitário e consultor de língua portuguesa da Folha de S.Paulo e do UOL. É também doutor em língua portuguesa pela USP (Universidade de São Paulo), integra o Núcleo de Pesquisas de Histórias em Quadrinhos da ECA-USP e é co-autor do livro "Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula" (Editora Contexto) além do autor do livro "A leitura dos Quadrinhos".
Leiam a resenha abaixo:
Livro resgata episódio histórico pouco lembrado
A leitura de "Foices & Facões - A Batalha do Jenipapo" (200 págs., R$ 30) revela uma série de surpresas. A primeira é a própria obra em si, lançada neste meio de mês.
É uma produção nacional, que ajuda a reforçar a máxima de que há muito mais quadrinhos fora do eixo Rio-São Paulo, principais polos de concentração editorial do país.
Produzida no Piauí, recupera um episódio histórico vivido no estado em 1823: a Batalha do Jenipapo, que dá título ao trabalho.
Pouco lembrado, o conflito ajudou a consolidar a Independência do Brasil, proclamada um ano antes por Dom Pedro no Ipiranga, em São Paulo.
***
A Batalha do Jenipapo envolveu piauienses, maranhenses e cearenses. Moradores dos três estados improvisaram instrumentos de luta para barrar o avanço de tropas portuguesas.
O exército era comandado por João José da Cunha Fidié. O objetivo era forçar os brasileiros da região a manterem, à força, o apoio à Coroa e a Dom João.
O sangrento conflito e os motivos que levaram a ele são relembrados em detalhes na narrativa em quadrinhos. O assunto é esmiuçado com calma, o que dá profundidade à obra.
O livro - outra surpresa - consegue, com isso, diferenciar-se de outras produções do gênero, que se preocupam mais com o aspecto didático para vendas a listas governamentais.
***
A história em quadrinhos foi produzida com verba do governo estadual e demorou quase um ano e meio para ficar pronta.
Os autores do projeto e da obra são dois irmãos: Bernardo Aurélio e Caio Oliveira. Este fez a arte; aquele, o roteiro. Ambos integram um núcleo de quadrinhos mantido no estado.
O aprofundamento no assunto, perceptível durante a leitura, possivelmente teve ajuda do lado historiador de Bernardo, formado na área pela Universidade Estadual do Piauí.
Mesmo assim, ele optou por mesclar os fatos com alguns aspectos ficcionais. Parte da narrativa se passa numa fazenda e mostra como se dá a luta entre seus moradores.
***
Numa época editorial em que editoras publicam adaptações literárias e obras históricas como pretexto para gordas vendas ao governo, "Foices & Facões" se diferencia.
A obra mostra que é possível fazer obras assim com qualidade e com o aprofundamento necessário. É um caminho que poderia servir de espelho para futuras produções do gênero.
O conteúdo é acessível, mas não simplificado a tal ponto que transforme a narrativa num retalho fragmentado e vago do episódio histórico e de seus motivos.
E ajuda a relembrar o episódio a brasileiros e, em particular, os do Piauí, que tem na data um dos alicerces históricos do estado.
***
A obra é vendida em algumas lojas de quadrinhos de São Paulo e do Piauí. Outra forma de comprar é pelos e-mails: bernardohq@hotmail.com / nucleodequadrinhos.pi@gmail.com
Leiam a resenha abaixo:
Livro resgata episódio histórico pouco lembrado
A leitura de "Foices & Facões - A Batalha do Jenipapo" (200 págs., R$ 30) revela uma série de surpresas. A primeira é a própria obra em si, lançada neste meio de mês.
É uma produção nacional, que ajuda a reforçar a máxima de que há muito mais quadrinhos fora do eixo Rio-São Paulo, principais polos de concentração editorial do país.
Produzida no Piauí, recupera um episódio histórico vivido no estado em 1823: a Batalha do Jenipapo, que dá título ao trabalho.
Pouco lembrado, o conflito ajudou a consolidar a Independência do Brasil, proclamada um ano antes por Dom Pedro no Ipiranga, em São Paulo.
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A Batalha do Jenipapo envolveu piauienses, maranhenses e cearenses. Moradores dos três estados improvisaram instrumentos de luta para barrar o avanço de tropas portuguesas.
O exército era comandado por João José da Cunha Fidié. O objetivo era forçar os brasileiros da região a manterem, à força, o apoio à Coroa e a Dom João.
O sangrento conflito e os motivos que levaram a ele são relembrados em detalhes na narrativa em quadrinhos. O assunto é esmiuçado com calma, o que dá profundidade à obra.
O livro - outra surpresa - consegue, com isso, diferenciar-se de outras produções do gênero, que se preocupam mais com o aspecto didático para vendas a listas governamentais.
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A história em quadrinhos foi produzida com verba do governo estadual e demorou quase um ano e meio para ficar pronta.
Os autores do projeto e da obra são dois irmãos: Bernardo Aurélio e Caio Oliveira. Este fez a arte; aquele, o roteiro. Ambos integram um núcleo de quadrinhos mantido no estado.
O aprofundamento no assunto, perceptível durante a leitura, possivelmente teve ajuda do lado historiador de Bernardo, formado na área pela Universidade Estadual do Piauí.
Mesmo assim, ele optou por mesclar os fatos com alguns aspectos ficcionais. Parte da narrativa se passa numa fazenda e mostra como se dá a luta entre seus moradores.
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Numa época editorial em que editoras publicam adaptações literárias e obras históricas como pretexto para gordas vendas ao governo, "Foices & Facões" se diferencia.
A obra mostra que é possível fazer obras assim com qualidade e com o aprofundamento necessário. É um caminho que poderia servir de espelho para futuras produções do gênero.
O conteúdo é acessível, mas não simplificado a tal ponto que transforme a narrativa num retalho fragmentado e vago do episódio histórico e de seus motivos.
E ajuda a relembrar o episódio a brasileiros e, em particular, os do Piauí, que tem na data um dos alicerces históricos do estado.
***
A obra é vendida em algumas lojas de quadrinhos de São Paulo e do Piauí. Outra forma de comprar é pelos e-mails: bernardohq@hotmail.com / nucleodequadrinhos.pi@gmail.com
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Foices e Facões - Entrevista
Essa entrevista foi feita comigo durante a 10ª Feira HQ pela amiga e jornalista Layani Prado e também está em seu blog (http://notas-de-rodape.blogspot.com/search/label/Quadrinhos). Dêem uma lida!
O que o levou a escolher o tema da Batalha do Jenipapo e porque retratá-la em Quadrinhos?
O que me levou foi que eu trabalhei na Fundação Cultural do Estado há quase três anos e lá na fundação eu tive acesso a vários ensaios e apresentações da peça de teatro de Aci Campelo que é executada sobre a Batalha. Então, eu vi essas apresentações, vi os personagens dialogando e interagindo e vi uma boa história, eu achava que tinha todo um apelo que uma boa história de quadrinho precisa ter, era uma boa história pra ser contada. Também sou formado em História pela UESPI e tive contato com alguns textos sobre a Batalha ainda no meu meio de formação e gostei muito dos textos do Monsenhor Chaves. Achei a literatura dele muito boa, a forma como ele relatava era bem interessante. E a Batalha é um tema recorrente aos piauienses, é um tema que enaltece a gente, é um tema que muitos artistas procuram trabalhar e eu já tinha escutado o próprio Amaral falando de trabalhos em artes gráficas da batalha, então achei que daria pra fazer um bom trabalho. Em quadrinho porque é minha área, onde eu trabalho e resolvi trabalhar com quadrinho porque é o que eu faço de melhor.
Como foi fazer a revista? Você se encarregou de todo o processo?
Eu fiz um projeto e eu trabalhava na Fundação Cultural ainda, se eu não me engano em abril de 2008 e eu apresentei o projeto direto pro governador e pra Sonia Terra e de imediato eles aprovaram a revista. O processo foi muito simples, foi basicamente eu e meu irmão que fizemos a revista. Eu fiz o roteiro meu irmão fez todos os layouts das páginas, eu fiz toda a arte final e editoração. Basicamente um trabalho a dois, mas no final da revista eu convidei várias pessoas conhecidas, desenhistas chargistas que participaram, então tem mais 15 convidados que produziram a ilustração e preenchem a revista. Além de meu primo Pedro Victor e o Antônio Victor que são os desenhistas que fizeram a capa, foi muito importante a capa deles, fiquei muito satisfeito com a capa que eles fizeram.
O fato de ser historiador te ajudou a fazer o roteiro da revista?
Muito. O que eu mais gostei no meu curso de História foi da não ilusão de uma história total ou da busca da verdade. Então eu tive essa consciência de que eu ia contar uma história oficial, uma historia pro governo, de que é uma historia vendida pro governo, mas eu tinha consciência de que eu queria algo autoral também. Autoral e verdadeiro, por isso eu criei um núcleo fictício pra historia, eu tentei humanizar os personagens. Inclusive o próprio Fidié que é pintado como um grande vilão pela historiografia oficial. Na verdade eu não culpo a historiografia, mas eu culpo o senso comum que as pessoas têm do Fidié. Até vulgarmente falando, chamam ele de “fidiégua” e pelo contrario, achei um personagem excelente, o personagem que eu mais gostei de trabalhar na história. Acho que porque eu tinha essa intenção de mostrá-lo como um bom soldado.
No processo criativo foi seu irmão quem fez as ilustrações, mas você deu opinião e disse como deveria ser tal personagem, alguma coisa do tipo?
Foi um processo de criação interessante porque a gente praticamente não fez layout dos personagens, a gente não criou a priori os personagens, não concebemos assim. Foi desenhando, fazendo e mostrando. Na hora que o personagem aparecia agente discutia rapidamente como seria e normalmente eu fazia uma referência. Muitas pessoas não sabem, mas a cara de nordestino do Teobaldo é inspirado num personagem que não tem nada a ver com os nordestinos que é um personagem Lance Henriksen que é o ator de Millenium, uma serie norte americana, então quando eu vi o lance eu disse pô o Teobaldo tem a cara do Lance que é uma cara fechada, uma cara com rugas, riscada seria. Então, eu fiz algumas referencias assim. O personagem Português, que é o personagem que faz o par romântico, o Thiago diz que ele é parecido com o Felipe Dylon. Algumas referencias haviam, mas a gente não tinha imagem nem nada parecido pra nos basear. É muito difícil, não existem recursos visuais desse período no Piauí, é praticamente inexistente. Fotografia se existisse no Brasil, não tinha chegado ainda aqui no Piauí. Então, as referencias foram assim. Em alguns momentos o roteiro foi sendo adaptado para a necessidade do Thiago de quadrinizar. O Thiago não fez somente desenhar o roteiro, ele adaptou o meu texto, o meu texto não era o roteiro técnico, e nessa adaptação ele cortou algumas coisas tirou outras, claro que a gente sempre ia conversando. Em alguns momentos eu fiz layout de algumas páginas porque em alguns momentos o texto era pouco descritivo ou era muito descritivo e ai era complicado de quadrinizar. Então 3 ou 4 paginas o layout quem fez fui eu. É um processo muito híbrido, inclusive eu nem queria determinar quem fez o que na história em quadrinhos, eu ia colocar só Bernardo e Thiago, pronto! A gente fez tudo.
Quanto tempo levou desde a idéia da revista até tê-la publicada?
O projeto foi apresentado em Abril de 2008 e se a gente contar a partir do momento que eu fiz o projeto já ta com um ano e 5 meses, mas eu só fui começar a desenhar de fato em Setembro do ano passado então eu digo que foi um ano. Em Setembro do ano passado eu saí da FUNDAC, comecei a fazer o roteiro e foram 4 meses de roteiro e nesses 4 meses foram 8 meses desenhando as 152 páginas que dá quase 20 páginas por mês que é uma media razoável.
Quais foram os recursos gráficos que você usou para confecção da revista? Foi tudo manual?
Foi tudo manual. Houve um tratamento final das páginas no computador, o tratamento foi feito pelo Pedro Victor. Ele quem escaneou todas as paginas. Havia um ou outro erro na pagina, tipo uma caneta que passava do ponto na hora de fazer o quadrinho, então ele retocava a linha, um borrão de nanquim que saia do quadrinho, então esse tratamento visual foi feito depois, esse tratamento é como uma limpeza na página ela não interfere tanto assim na revista. É um retoque. Então, eu diria que 99% da revista foi feito toda manualmente mesmo. Todo o texto foi colocado posteriormente pelo computador no Corel Draw.
Você acredita que esse livro contribui em que aspectos para a história do Piauí?
Bom, a história de forma geral é uma coisa que precisa ser sempre buscada, precisa ser sempre revista. Eu não nego que, de certa forma, essa minha história é muito auspiciosa. Eu tinha a necessidade de fazer a história auspiciosa e didática então, não tenho grandes pretensões de releituras da história da batalha do jenipapo, minha intenção não era essa. Mas ela tem um caráter fundamental que é de popularização da historia tradicional, eu apresento os fatos que delinearam a história numa linguagem que é mais comum, mais acessível. Então o fator fundamental dessa revista é a facilidade de apresentar algo que o Estado e que o povo do Piauí precisa conhecer mais e quer conhecer. O estado tem interesse, tem reverenciado cada vez mais a batalha do Jenipapo, e a história em quadrinhos só tem a acrescentar na totalização da temática. Inclusive outras edições em tiragens mais simples, com o formato mais barato pra distribuição gratuita a gente espera que aconteça.
De onde veio o interesse pelos quadrinhos?
É bem antigo. Eu sou o caçula de uma família de 3 e nós 3 desenhávamos. O meu pai desenhava. Nosso pai, na verdade, sempre foi envolvido com arte e desde criança ele nos envolvia de alguma forma. Levava-nos ao teatro, quando tinha, então a gente via espetáculos cênicos, ele nos levava a shows musicais, nos presenteava com brinquedos musicais e nos presenteava justamente com histórias em quadrinhos. Então, a gente sempre teve um leque de profissões artísticas pra escolher e a história em quadrinhos venceu todas elas, foi a mais atrativa. Desde criança a gente desenha com o nosso pai, que também rabiscava, desenhava e pintava. Foi daí. Minha inspiração foi mesmo o Thiago, que desenha comigo. Ele era uma pessoa mais próxima de mim que desenhava bem melhor que eu. Eu ia aprendendo com ele, à medida que ele ia aprendendo também.
Nada mais oportuno que lançar a revista numa feira de quadrinhos, como foi a realização da feira?
São 10 anos. A décima edição precisava ser especial, não só por ser a décima em si, mas esse ano a gente tinha a necessidade de fazer alguma coisa diferente. Porque inclusive, de uns três anos, a feira vinha decaindo de público, vinha decaindo de atrativos. Apesar de a gente premiar e selecionar a feira em editais públicos como o BNB. A gente premiava, conseguia melhorar a feira, do ponto de vista competitivo tinha publicação, mas de público a feira vem caindo. A gente necessitava fazer uma feira que melhorasse de público, e esse ano foi muito especial. A gente conseguiu esse objetivo, a gente lotou a galeria com atrações não só de quadrinhos, de exibição de desenhos, de shows, de teatro, então foi uma feira muito interessante pra estar aqui nesse momento com essa revista sendo lançada aqui. Inclusive, eu acho a revista mais importante para a história do quadrinho no Piauí do que pra história do Piauí.
Com a realização da feira e dessa revista, como que você avalia a produção cultural de quadrinhos no Piauí?
No ponto de vista dos quadrinhos, a feira vem melhorando nos pontos de publicação e premiação. A gente tem feito isso bem, tem republicado os premiados, e essa é uma publicação importantíssima que marca um selo. Um tipo de publicação que a gente quer dar continuidade. Inclusive, o núcleo de quadrinhos ajudou o Edinaldo Carvalho, que é um autor que foi premiado com a lei Tito Filho, com um romance gráfico, que é uma forma mais pomposa de realizar quadrinho, o Graphic Novel do Cabeça de Cuia. A gente vai lançar esse ano. Então é um momento marcante, é um momento que a Batalha do Jenipapo tem que ter uma vitrine, que as pessoas que fazem quadrinhos no Piauí vejam que podem publicar obras densas, que só os quadrinhistas podem trabalhar, e se superar fazendo. Deixar de fazer coisas pequenas pra deixar guardado na gaveta e apresentar propostas mais grandiosas, eu acho que esse momento serve pra isso, pra mostrar. Eu tenho outro projeto, já estou desenvolvendo outros projetos e eu acho que o momento é daqui pra frente, tentar não parar.
O mais prazeroso e mais trabalhoso, foi a feira ou o livro?
A feira com certeza. Desenhar a história em quadrinho foi muito gostoso. Trabalhar com meu irmão e a gente escolhia o dia que trabalhava, a hora que trabalhava e ser seu próprio patrão é muito bom. A feira de quadrinho demanda outros fatores muito maiores que seu próprio prazer, a sua hora de decidir o que vai fazer, a feira é muito mais complicada.
A revista Foice e Facões - A Batalha do Jenipapo está à venda e custa 30,00. Para comprar a revista e recebê-la em casa basta depositar o valor na conta de CAIO THIAGO de Andrade Oliveira BB Conta Poupança 26.661-2 AG 3285-9 e mandar uma cópia do comprovante de depósito para bernardohq@hotmail.com juntamente com seus dados e endereço completos.
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O que o levou a escolher o tema da Batalha do Jenipapo e porque retratá-la em Quadrinhos?
O que me levou foi que eu trabalhei na Fundação Cultural do Estado há quase três anos e lá na fundação eu tive acesso a vários ensaios e apresentações da peça de teatro de Aci Campelo que é executada sobre a Batalha. Então, eu vi essas apresentações, vi os personagens dialogando e interagindo e vi uma boa história, eu achava que tinha todo um apelo que uma boa história de quadrinho precisa ter, era uma boa história pra ser contada. Também sou formado em História pela UESPI e tive contato com alguns textos sobre a Batalha ainda no meu meio de formação e gostei muito dos textos do Monsenhor Chaves. Achei a literatura dele muito boa, a forma como ele relatava era bem interessante. E a Batalha é um tema recorrente aos piauienses, é um tema que enaltece a gente, é um tema que muitos artistas procuram trabalhar e eu já tinha escutado o próprio Amaral falando de trabalhos em artes gráficas da batalha, então achei que daria pra fazer um bom trabalho. Em quadrinho porque é minha área, onde eu trabalho e resolvi trabalhar com quadrinho porque é o que eu faço de melhor.
Como foi fazer a revista? Você se encarregou de todo o processo?
Eu fiz um projeto e eu trabalhava na Fundação Cultural ainda, se eu não me engano em abril de 2008 e eu apresentei o projeto direto pro governador e pra Sonia Terra e de imediato eles aprovaram a revista. O processo foi muito simples, foi basicamente eu e meu irmão que fizemos a revista. Eu fiz o roteiro meu irmão fez todos os layouts das páginas, eu fiz toda a arte final e editoração. Basicamente um trabalho a dois, mas no final da revista eu convidei várias pessoas conhecidas, desenhistas chargistas que participaram, então tem mais 15 convidados que produziram a ilustração e preenchem a revista. Além de meu primo Pedro Victor e o Antônio Victor que são os desenhistas que fizeram a capa, foi muito importante a capa deles, fiquei muito satisfeito com a capa que eles fizeram.
O fato de ser historiador te ajudou a fazer o roteiro da revista?
Muito. O que eu mais gostei no meu curso de História foi da não ilusão de uma história total ou da busca da verdade. Então eu tive essa consciência de que eu ia contar uma história oficial, uma historia pro governo, de que é uma historia vendida pro governo, mas eu tinha consciência de que eu queria algo autoral também. Autoral e verdadeiro, por isso eu criei um núcleo fictício pra historia, eu tentei humanizar os personagens. Inclusive o próprio Fidié que é pintado como um grande vilão pela historiografia oficial. Na verdade eu não culpo a historiografia, mas eu culpo o senso comum que as pessoas têm do Fidié. Até vulgarmente falando, chamam ele de “fidiégua” e pelo contrario, achei um personagem excelente, o personagem que eu mais gostei de trabalhar na história. Acho que porque eu tinha essa intenção de mostrá-lo como um bom soldado.
No processo criativo foi seu irmão quem fez as ilustrações, mas você deu opinião e disse como deveria ser tal personagem, alguma coisa do tipo?
Foi um processo de criação interessante porque a gente praticamente não fez layout dos personagens, a gente não criou a priori os personagens, não concebemos assim. Foi desenhando, fazendo e mostrando. Na hora que o personagem aparecia agente discutia rapidamente como seria e normalmente eu fazia uma referência. Muitas pessoas não sabem, mas a cara de nordestino do Teobaldo é inspirado num personagem que não tem nada a ver com os nordestinos que é um personagem Lance Henriksen que é o ator de Millenium, uma serie norte americana, então quando eu vi o lance eu disse pô o Teobaldo tem a cara do Lance que é uma cara fechada, uma cara com rugas, riscada seria. Então, eu fiz algumas referencias assim. O personagem Português, que é o personagem que faz o par romântico, o Thiago diz que ele é parecido com o Felipe Dylon. Algumas referencias haviam, mas a gente não tinha imagem nem nada parecido pra nos basear. É muito difícil, não existem recursos visuais desse período no Piauí, é praticamente inexistente. Fotografia se existisse no Brasil, não tinha chegado ainda aqui no Piauí. Então, as referencias foram assim. Em alguns momentos o roteiro foi sendo adaptado para a necessidade do Thiago de quadrinizar. O Thiago não fez somente desenhar o roteiro, ele adaptou o meu texto, o meu texto não era o roteiro técnico, e nessa adaptação ele cortou algumas coisas tirou outras, claro que a gente sempre ia conversando. Em alguns momentos eu fiz layout de algumas páginas porque em alguns momentos o texto era pouco descritivo ou era muito descritivo e ai era complicado de quadrinizar. Então 3 ou 4 paginas o layout quem fez fui eu. É um processo muito híbrido, inclusive eu nem queria determinar quem fez o que na história em quadrinhos, eu ia colocar só Bernardo e Thiago, pronto! A gente fez tudo.
Quanto tempo levou desde a idéia da revista até tê-la publicada?
O projeto foi apresentado em Abril de 2008 e se a gente contar a partir do momento que eu fiz o projeto já ta com um ano e 5 meses, mas eu só fui começar a desenhar de fato em Setembro do ano passado então eu digo que foi um ano. Em Setembro do ano passado eu saí da FUNDAC, comecei a fazer o roteiro e foram 4 meses de roteiro e nesses 4 meses foram 8 meses desenhando as 152 páginas que dá quase 20 páginas por mês que é uma media razoável.
Quais foram os recursos gráficos que você usou para confecção da revista? Foi tudo manual?
Foi tudo manual. Houve um tratamento final das páginas no computador, o tratamento foi feito pelo Pedro Victor. Ele quem escaneou todas as paginas. Havia um ou outro erro na pagina, tipo uma caneta que passava do ponto na hora de fazer o quadrinho, então ele retocava a linha, um borrão de nanquim que saia do quadrinho, então esse tratamento visual foi feito depois, esse tratamento é como uma limpeza na página ela não interfere tanto assim na revista. É um retoque. Então, eu diria que 99% da revista foi feito toda manualmente mesmo. Todo o texto foi colocado posteriormente pelo computador no Corel Draw.
Você acredita que esse livro contribui em que aspectos para a história do Piauí?
Bom, a história de forma geral é uma coisa que precisa ser sempre buscada, precisa ser sempre revista. Eu não nego que, de certa forma, essa minha história é muito auspiciosa. Eu tinha a necessidade de fazer a história auspiciosa e didática então, não tenho grandes pretensões de releituras da história da batalha do jenipapo, minha intenção não era essa. Mas ela tem um caráter fundamental que é de popularização da historia tradicional, eu apresento os fatos que delinearam a história numa linguagem que é mais comum, mais acessível. Então o fator fundamental dessa revista é a facilidade de apresentar algo que o Estado e que o povo do Piauí precisa conhecer mais e quer conhecer. O estado tem interesse, tem reverenciado cada vez mais a batalha do Jenipapo, e a história em quadrinhos só tem a acrescentar na totalização da temática. Inclusive outras edições em tiragens mais simples, com o formato mais barato pra distribuição gratuita a gente espera que aconteça.
De onde veio o interesse pelos quadrinhos?
É bem antigo. Eu sou o caçula de uma família de 3 e nós 3 desenhávamos. O meu pai desenhava. Nosso pai, na verdade, sempre foi envolvido com arte e desde criança ele nos envolvia de alguma forma. Levava-nos ao teatro, quando tinha, então a gente via espetáculos cênicos, ele nos levava a shows musicais, nos presenteava com brinquedos musicais e nos presenteava justamente com histórias em quadrinhos. Então, a gente sempre teve um leque de profissões artísticas pra escolher e a história em quadrinhos venceu todas elas, foi a mais atrativa. Desde criança a gente desenha com o nosso pai, que também rabiscava, desenhava e pintava. Foi daí. Minha inspiração foi mesmo o Thiago, que desenha comigo. Ele era uma pessoa mais próxima de mim que desenhava bem melhor que eu. Eu ia aprendendo com ele, à medida que ele ia aprendendo também.
Nada mais oportuno que lançar a revista numa feira de quadrinhos, como foi a realização da feira?
São 10 anos. A décima edição precisava ser especial, não só por ser a décima em si, mas esse ano a gente tinha a necessidade de fazer alguma coisa diferente. Porque inclusive, de uns três anos, a feira vinha decaindo de público, vinha decaindo de atrativos. Apesar de a gente premiar e selecionar a feira em editais públicos como o BNB. A gente premiava, conseguia melhorar a feira, do ponto de vista competitivo tinha publicação, mas de público a feira vem caindo. A gente necessitava fazer uma feira que melhorasse de público, e esse ano foi muito especial. A gente conseguiu esse objetivo, a gente lotou a galeria com atrações não só de quadrinhos, de exibição de desenhos, de shows, de teatro, então foi uma feira muito interessante pra estar aqui nesse momento com essa revista sendo lançada aqui. Inclusive, eu acho a revista mais importante para a história do quadrinho no Piauí do que pra história do Piauí.
Com a realização da feira e dessa revista, como que você avalia a produção cultural de quadrinhos no Piauí?
No ponto de vista dos quadrinhos, a feira vem melhorando nos pontos de publicação e premiação. A gente tem feito isso bem, tem republicado os premiados, e essa é uma publicação importantíssima que marca um selo. Um tipo de publicação que a gente quer dar continuidade. Inclusive, o núcleo de quadrinhos ajudou o Edinaldo Carvalho, que é um autor que foi premiado com a lei Tito Filho, com um romance gráfico, que é uma forma mais pomposa de realizar quadrinho, o Graphic Novel do Cabeça de Cuia. A gente vai lançar esse ano. Então é um momento marcante, é um momento que a Batalha do Jenipapo tem que ter uma vitrine, que as pessoas que fazem quadrinhos no Piauí vejam que podem publicar obras densas, que só os quadrinhistas podem trabalhar, e se superar fazendo. Deixar de fazer coisas pequenas pra deixar guardado na gaveta e apresentar propostas mais grandiosas, eu acho que esse momento serve pra isso, pra mostrar. Eu tenho outro projeto, já estou desenvolvendo outros projetos e eu acho que o momento é daqui pra frente, tentar não parar.
O mais prazeroso e mais trabalhoso, foi a feira ou o livro?
A feira com certeza. Desenhar a história em quadrinho foi muito gostoso. Trabalhar com meu irmão e a gente escolhia o dia que trabalhava, a hora que trabalhava e ser seu próprio patrão é muito bom. A feira de quadrinho demanda outros fatores muito maiores que seu próprio prazer, a sua hora de decidir o que vai fazer, a feira é muito mais complicada.
A revista Foice e Facões - A Batalha do Jenipapo está à venda e custa 30,00. Para comprar a revista e recebê-la em casa basta depositar o valor na conta de CAIO THIAGO de Andrade Oliveira BB Conta Poupança 26.661-2 AG 3285-9 e mandar uma cópia do comprovante de depósito para bernardohq@hotmail.com juntamente com seus dados e endereço completos.
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sábado, 10 de outubro de 2009
LANÇAMENTO DA REVISTA FOICES & FACÕES EM SÃO PAULO
Os irmãos Caio Oliveira e Bernardo Aurélio (piripirienses ) estarão em São Paulo no dia 15 de outubro lançando seu livro “Foices e Facões – A Batalha do Jenipapo” na livraria especializada em quadrinhos HQ MIX (Praça Roosevelt, nº 142. Centro - São Paulo - SP). A banca é referência no que diz respeito a quadrinhos em São Paulo e seu homenageia o nome do principal prêmio do quadrinho nacional, criado a mais de vinte anos delo dono da banca, Gualberto Costa, que já esteve em Teresina várias vezes durante o Salão Internacional de Humor. Na primeira vez que esteve aqui, no início da década de 1990, Gualberto Costa ministrou uma oficina sobre a construção de um Núcleo de Quadrinhos, o que foi o ponto de partida para o atual Núcleo que realiza há mais de dez anos a “Feira HQ”, principal evento competitivo de histórias em quadrinhos no Estado, e instituição através da qual Bernardo Aurélio é o presidente e pôde realizar a produção do seu sobre a batalha do Jenipapo.
RELEASE
Foi sangrenta a reação das províncias do norte ao grito do Ipiranga e ao plano da coroa portuguesa de recolonizar parte do Brasil. Piauí, Ceará e Maranhão foram palco da última tentativa de Dom João VI de manter sua colônia, que levou os interesses brasileiros e portugueses ao campo de batalha.
Em 13 de março de 1823, Campo Maior, pequena vila piauiense, encenou o mais importante episódio que o Piauí pode contar na história da construção e unificação do Brasil independente. Uma história sobre liberdade e unidade nacional diante das ameaças que dividiam o país. Sobre o ódio que surge entre portugueses e brasileiros, colonizadores e colonizados.
Neste cenário, uma família de vaqueiros assiste a tudo e se vê no dever de participar da luta armada, engrossando o corpo de dois mil homens do campo, roceiros e escravos que tiveram de enfrentar o exército imperial lusitano. A história dos anônimos que lutaram pelo ideal separatista. Sobre o papel de cada homem diante de um cenário de guerra e sua responsabilidade com a própria família, dividido entre o dever de matar e de viver, simplesmente.
“Foices e Facões – A Batalha do Jenipapo” tem autoria de Bernardo Aurélio e Caio Oliveira e narra o famoso evento que destacou o Piauí durante o processo de independência do Brasil. É uma obra patrocinada Governo do Estado do Piauí e realizada pelo Núcleo de Quadrinhos do Piauí, associação que organiza a Feira HQ, que este ano chegou a sua 10ª edição, ocasião na qual o livro foi lançado. A primeira tiragem terá 80% dos livros doados gratuitamente em escolas, bibliotecas públicas e instituições culturais sem fins lucrativos.
Bernardo Aurélio, nascido a 27 de setembro de 1982, é presidente do Núcleo de Quadrinhos do Piauí, que realiza há mais de dez anos a ‘‘Feira HQ’’, maior evento de quadrinhos do Estado. É formado em Licenciatura Plena em História, pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI, com especialização em Artes Visuais pela Universidade Federal do Piauí - UFPI.
Caio Oliveira, natural de Piripiri-PI, nascido a 11 de junho de 1979, é formado pelo Curso de Quadrinhos da Quanta Academia de Artes - São Paulo, criador da tirinha ‘‘Os Tímidos’’, publicado no jornal Meio Norte e ficou entre os semi-finalistas no concurso internacional ‘‘Comic Book Idols’’
Foices e Facões – A Batalha do Jenipapo (200 páginas. 15,5 x 22 cm. R$ 30,00)
Interessado em comprar por correios? Deposite o valor na conta de CAIO THIAGO de Andrade Oliveira BB CONTA POUPANÇA 26.661-2 AG 3285-9, mande uma cópia do comprovante de depósito para bernardohq@hotmail.com junto com seu endereço e o livro chega à sua casa, sem custos adicionais...
RELEASE
Foi sangrenta a reação das províncias do norte ao grito do Ipiranga e ao plano da coroa portuguesa de recolonizar parte do Brasil. Piauí, Ceará e Maranhão foram palco da última tentativa de Dom João VI de manter sua colônia, que levou os interesses brasileiros e portugueses ao campo de batalha.
Em 13 de março de 1823, Campo Maior, pequena vila piauiense, encenou o mais importante episódio que o Piauí pode contar na história da construção e unificação do Brasil independente. Uma história sobre liberdade e unidade nacional diante das ameaças que dividiam o país. Sobre o ódio que surge entre portugueses e brasileiros, colonizadores e colonizados.
Neste cenário, uma família de vaqueiros assiste a tudo e se vê no dever de participar da luta armada, engrossando o corpo de dois mil homens do campo, roceiros e escravos que tiveram de enfrentar o exército imperial lusitano. A história dos anônimos que lutaram pelo ideal separatista. Sobre o papel de cada homem diante de um cenário de guerra e sua responsabilidade com a própria família, dividido entre o dever de matar e de viver, simplesmente.
“Foices e Facões – A Batalha do Jenipapo” tem autoria de Bernardo Aurélio e Caio Oliveira e narra o famoso evento que destacou o Piauí durante o processo de independência do Brasil. É uma obra patrocinada Governo do Estado do Piauí e realizada pelo Núcleo de Quadrinhos do Piauí, associação que organiza a Feira HQ, que este ano chegou a sua 10ª edição, ocasião na qual o livro foi lançado. A primeira tiragem terá 80% dos livros doados gratuitamente em escolas, bibliotecas públicas e instituições culturais sem fins lucrativos.
Bernardo Aurélio, nascido a 27 de setembro de 1982, é presidente do Núcleo de Quadrinhos do Piauí, que realiza há mais de dez anos a ‘‘Feira HQ’’, maior evento de quadrinhos do Estado. É formado em Licenciatura Plena em História, pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI, com especialização em Artes Visuais pela Universidade Federal do Piauí - UFPI.
Caio Oliveira, natural de Piripiri-PI, nascido a 11 de junho de 1979, é formado pelo Curso de Quadrinhos da Quanta Academia de Artes - São Paulo, criador da tirinha ‘‘Os Tímidos’’, publicado no jornal Meio Norte e ficou entre os semi-finalistas no concurso internacional ‘‘Comic Book Idols’’
Foices e Facões – A Batalha do Jenipapo (200 páginas. 15,5 x 22 cm. R$ 30,00)
Interessado em comprar por correios? Deposite o valor na conta de CAIO THIAGO de Andrade Oliveira BB CONTA POUPANÇA 26.661-2 AG 3285-9, mande uma cópia do comprovante de depósito para bernardohq@hotmail.com junto com seu endereço e o livro chega à sua casa, sem custos adicionais...
domingo, 20 de setembro de 2009
Resultado 10ª Feira HQ
PREMIADOS 10ª FEIRA HQ – 2009
PUBLICAÇÃO
3º – Prego, de Alexsander Vieira, de Vila Velha-ES
2º – Gente Feia na TV, de Alexsander Vieira, de Vila Velha-ES
1º – Samba, de Gabriel Goes, Gabriel Mesquita e Lucas Gehre, de Brasília – DF.
ILUSTRAÇÃO INFANTO JUVENIL
3º – Nazareth Machado, de Marina Romero, de Teresina – PI.
2º – Haverick, de Francisco Carvalho Neto, de Teresina – PI.
1º – Amatertsu, de Lucas Rodrigues, de Teresina – PI.
HISTÓRIA EM QUADRINHOS INFANTO JUVENIL
Morrer ou viver? Eis a questão, de Matheus Barbosa, de Teresina – PI.
ILUSTRAÇÃO
3º – Morley Cigarrets, de Danielle Dantas, de Teresina – PI.
2º – Sem Título, de Gabriel Goes, de Brasília – DF.
1º – Beautiful Black Babe, de Esaul Furtado, de Teresina – PI.
MELHOR ROTEIRO PARA QUADRINHOS
3º – Marcas, de Samuel Carneiro Chagas, de Timon – MA.
2º – Uma História de Muitas Cidades, de Marcelo Oliveira, de Salvador - BA
1º – O Elíptico, de Jaison Castro Silva, de Teresina – PI.
MELHOR DESENHO PARA QUADRINHOS
3º – Uma História de Muitas Cidades, de Marcelo Oliveira, de Salvador - BA
2º – Réquiem para o Diabo, de Edinaldo Ferreira, de Teresina-PI
1º – A Obra de Arte, de Antonio Cardoso, Timon – MA.
HISTÓRIA EM QUADRINHOS ESTILO MANGÁ
3º – O Fio da Meada, de Ludmila Monteiro, de Teresina – PI.
2º – Para Aqueles que Não Leram esse Livro, de José Chaves Filho, de Teresina – PI.
1º – Ginga Brasil, de David Lima, de Teresina – PI.
MELHOR HISTÓRIA EM QUADRINHOS
3º – Sim, Kimosabe, de Betir Lopes, de Manhaçu – MG.
2º – Jimmy Black Dog, de Dereck L. Teixeira, de Teresina-PI
1º – Sobre Nuvens e Sombras, de Zorbba Igreja, de Teresina - PI
PUBLICAÇÃO
3º – Prego, de Alexsander Vieira, de Vila Velha-ES
2º – Gente Feia na TV, de Alexsander Vieira, de Vila Velha-ES
1º – Samba, de Gabriel Goes, Gabriel Mesquita e Lucas Gehre, de Brasília – DF.
ILUSTRAÇÃO INFANTO JUVENIL
3º – Nazareth Machado, de Marina Romero, de Teresina – PI.
2º – Haverick, de Francisco Carvalho Neto, de Teresina – PI.
1º – Amatertsu, de Lucas Rodrigues, de Teresina – PI.
HISTÓRIA EM QUADRINHOS INFANTO JUVENIL
Morrer ou viver? Eis a questão, de Matheus Barbosa, de Teresina – PI.
ILUSTRAÇÃO
3º – Morley Cigarrets, de Danielle Dantas, de Teresina – PI.
2º – Sem Título, de Gabriel Goes, de Brasília – DF.
1º – Beautiful Black Babe, de Esaul Furtado, de Teresina – PI.
MELHOR ROTEIRO PARA QUADRINHOS
3º – Marcas, de Samuel Carneiro Chagas, de Timon – MA.
2º – Uma História de Muitas Cidades, de Marcelo Oliveira, de Salvador - BA
1º – O Elíptico, de Jaison Castro Silva, de Teresina – PI.
MELHOR DESENHO PARA QUADRINHOS
3º – Uma História de Muitas Cidades, de Marcelo Oliveira, de Salvador - BA
2º – Réquiem para o Diabo, de Edinaldo Ferreira, de Teresina-PI
1º – A Obra de Arte, de Antonio Cardoso, Timon – MA.
HISTÓRIA EM QUADRINHOS ESTILO MANGÁ
3º – O Fio da Meada, de Ludmila Monteiro, de Teresina – PI.
2º – Para Aqueles que Não Leram esse Livro, de José Chaves Filho, de Teresina – PI.
1º – Ginga Brasil, de David Lima, de Teresina – PI.
MELHOR HISTÓRIA EM QUADRINHOS
3º – Sim, Kimosabe, de Betir Lopes, de Manhaçu – MG.
2º – Jimmy Black Dog, de Dereck L. Teixeira, de Teresina-PI
1º – Sobre Nuvens e Sombras, de Zorbba Igreja, de Teresina - PI
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Entrevista para o Jornal Meio Norte . Caderno For Teens
For Teens: Qual as novidades da décima edição da Feira HQ?
Bernardo Aurélio: A principal novidade é o lançamento da revista "Foices e Facões - A Batalha do Jenipapo". Revista patrocinada pelo governo do Estado e produzida pelos irmãos Bernardo Aurélio (eu, que já escrevi para o For Teens a coluna Estação HQ por quase três anos) e Caio Oliveira. Outros atrativos são: lançamento no Piauí da revista Balaiada, dos maranhenses Iramir Araújo, Ronilson Freire e Beto Nicácio. Fora isso, o evento cresceu em categorias. Até ano passado eram apenas três categorias competitivas. Agora são nove (veja regulamento nucleodequadrinhospi.blogspot.com)! Cresceu também em participação e em qualidade dos trabalhos concorrentes.
FT: Como é chegar até a décima edição?
BA: Isso é importante perguntar porque os jornalistas sempre querem novidades. As vezes, as novidades não são o mais importante. Chegar a décima edição é o principal fato do evento: continuísmo, solidez na organização do evento, desejo de continuar fazendo e superando as adversidades. Esse ano publicamos a 3ª edição da revista Feira HQ. Logo logo sairá a 4ª, com os trabalhos premiados da 10ª edição do evento. E a cada ano a gente faz isso. Ano que vem será a 11ª, um número menos importante? Claro que não! Menos redondo, eu diria!
Eu escrevi um texto que está no folder do nosso evento:” ...Porque chegamos à décima edição do evento “feira hq” não quer dizer que estamos satisfeitos. Porque chegamos à terceira edição da revista feira hq, não temos pretensões de conquistarmos o mundo. Porque as coisas são difíceis e se fosse para desistirmos já o teríamos feito. Porque amamos mais os quadrinhos do que nossa capacidade de fazermos o que eles merecem. Porque nos calçamos sem ignorar as pedras que enxergam em nossos sapatos pela necessidade que sentimos em fazê-lo. Porque tudo ainda é muito pequeno e não nos envergonha falar de sonhos. Porque ainda estamos aqui: talvez não com as mãos e ouvidos calejados como deveriam. porque todo artista canta suas glórias e desgraças, também vamos cantar as nossas: uma década, uma década, uma década, uma década, uma década, uma década ...”
Acho que é isso. De uma maneira geral, estou muito feliz.
FT: O que mudou no mundo dos quadrinhos nesse tempo?
BA: Essa é complicada. Nesses últimos anos, os quadrinhos como o conhecemos (impresso, com balões, com quadrinhos) completou 100 anos. Acho que temos uma arte bem nova neste ponto de vista. Nos últimos dez anos vimos o mangá se espalhar e se solidificar pelo mundo. Vimos o quadrinho publicado em formato livro ganhar as livrarias, consolidando o formato Graphic Novel (Romance gráfico). Vimos os quadrinhos invadirem o cinema. Vemos o quadrinhista nacional ganhar espaço no Brasil, como Lourenço Mutarelli, Grampa, irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá entre outros (pouco e inconstante, mas está melhorando). Vimos os quadrinhos de super-heróis se reinventando para superar uma crise de mesmices (Autority, Astro City, Top 10, Promethea, Ex Machina). Infelizmente, vemos os quadrinhos tendo dificuldades para criar novos públicos de uma forma geral. Vemos cada vez menos quadrinhos específicos para o público infantil (com exceção da Turma da Mônica)... Enfim, tanta coisa!
FT: O que mudou na cabeça do teresinense em relação aos quadrinhos nesse tempo?
BA: Acho que pouco. O evento não é grande o suficiente para mudar a cabeça do seu público. Vemos, como em todo o Brasil, um mundo de mangakás, otakus (fanáticos por animação e quadrinhos japoneses). Acho que isso é o principal fato. Mas fazemos nosso trabalho de formiga. Me animo em ver que todo ano certas pessoas participam do evento. Sempre mandando trabalhos. Imagino que o Núcleo de Quadrinhos do Piauí está dando sua contribuição no estímulo à criação artística. Fazemos um certo número de pessoas continuarem produzindo. E estamos publicando esses caras! Vai chegar um dia que dirão: temos um cenário de quadrinhos que se movimenta e produz no Piauí. Um dia cai a ficha. Quando divulgamos nosso evento alguns sempre perguntam: “é a primeira vez que vocês fazem esse evento?”. Respondo: “Não! É a décima! Surpresa!!!”
FT: Como as demais mídias, como mangás, animes e desenhos animados, se relacionam com a HQ atualmente?
BA: Primeiro, permita-me esclarecer algo: Sua pergunta deixa a entender que mangá não é HQ(história em quadrinhos). É um erro bem comum. Mangá é HQ. Mangá é como se chamam os quadrinhos no Japão, da mesma forma que usamos Gibi no Brasil, comic nos EUA, banda desenhada em Portugal, essas coisas... Sobre sua pergunta, no Japão o relacionamento entre as mídias é bem claro. Sonia Luyten, doutora na área, fala de um tripé que se sustenta muito bem: quadrinhos, animações e brinquedos/jogos. Um produto incentivando o outro, como um acordo entre empresas. Normalmente, um mangá que faz sucesso vira animação que depois gera brinquedos ou jogos eletrônicos. No Brasil temos muita dificuldade com isso. Com exceção do Parque da Mônica e os vários brinquedos e produtos ligados a área. Temos também animações da Turma. Está em pré-produção uma animação do quadrinho nacional Holy Avenger, que seria um divisor de águas no mundo dos quadrinhos nacionais... Mas até onde eu sei está em pré-produção a quase 5 anos... Acho que não tem consistência. O mundo dos quadrinhos no Brasil agora que apresenta primeiros indícios de solidificação... Alcançar a indústria de brinquedos e da TV é um alvo distante. Imagine o que foram os anos 80 e 90, com a galera da Chiclete com Banana, que não conseguiram alçar vôos mais altos. É difícil! Já viu o desenho animado do Wood e Stock? É razoável...
FT: Com a internet, o que ainda podemos esperar dos quadrinhos como forma de comunicação?
BA: Primeiro a internet precisa realmente baixar a cabeça e dizer: “poxa! Ainda não somos tudo isso que vendemos ser...”. Num país como o Brasil, onde temos um dos maiores números de acessos diários no mundo, ainda temos de pagar pela internet! E internet ruim, diga-se de passagem! Ainda vou esperar umas duas décadas pra ver a TV se juntar com a net e está disponível de graça em todas os televisores digitais do Brasil e fazer a verdadeira revolução na Internet. Depois disso, vamos ver o que os quadrinhos podem fazer realmente. Scott McCloud (teórico famoso na área) fala das infinitas possibilidades de quadrinhos infinitos, sem preocupações com o espaço virtual. E até produz quadrinhos assim, como muitos outros. Pra mim, enquanto tivermos de ler um quadrinho numa conexão fulêra e num computador de, no mínimo R$ 1.500,00, tudo não passa de balela conceitual.
FT: Como a indústria do cinema ajuda os quadrinhos?
BA: Eu acho que os quadrinhos estão servindo muito mais ao cinema do que o contrário. Imagine que Homem Aranha 4 está em fase de pré-produção e já temos os roteiros para o 5º e o 6º sendo produzidos. É uma loucura! Hollywood estava passando por uma crise criativa, só pode ser! Os super heróis que fazem sucesso hoje na telona existem há décadas e ninguém poderoso lá havia dito: “vamos fazer isso direito!”. Considero Blade o filme da retomada dos quadrinhos para o Cinema. Depois dele veio X-Men. Pronto! Aprovado e carimbado. Quadrinhos vende ingressos. Poucos sabem que excelentes filmes como Estrada para Perdição e Do Inferno, O Anti-Herói Americano são baseados ou inspirados em quadrinhos.
Mas respondendo a sua pergunta de fato, os X-Men ganharam uniformes mais parecidos com os do filme depois da estréia. Um ano depois tudo voltou ao normal. O Cinema cria modismos nos quadrinhos para tentar atrair um público que viu o filme e pode começar a ler o quadrinho, mas na maioria das vezes isso não acontece. Imagine que os X-Men tem cerca de 40 anos de história. Super Homem e Batman tem uns 70. Um leitor novato tem muita dificuldade de se inserir nesses cenários.
FT: Há poucos dias, a Disney comprou a Marvel Comics e a DC já era controlada por outro grande grupo. Como o quadrinho autoral pode sobreviver nesse contexto?
BA: Fazendo da forma que sempre fez. Vendendo para o público que sempre existiu. Existe comprador pra tudo. Entretanto, o principal público do quadrinho autoral não é o mercado, é o próprio autor, que produz algo por motivações internas e sempre encontra espaço e meios pra isso. Entretanto, vale lembrar que a estúpida maioria dos quadrinhos autorais sempre continuam e continuarão nas gavetas de quem os criou.
FT: Como se dá a escolha do que vai ser apresentado na Feira HQ?
BA: Nada complicado. Temos um problema de espaço. A galeria do Club dos Diários suporta no máximo umas 120 pranchetas (páginas). Nós, da organização, precisamos fazer essa seleção pensando neste número. Aí vai pelo gosto de cada um. Se houver impasse sobre algum trabalho, votamos, mas isso dificilmente acontece.
FT: Em relação à obra "Foices e Facões - A Batalha do Jenipapo", conte-nos, um pouco, como foi o processo de criação e as dificuldades em produzir uma HQ no Piauí.
BA: Essa revista demorou um ano pra ser realizada. Desde a primeira frase escrita até o dia do lançamento. Em setembro do ano passado deixei meu emprego de coordenador de artes da Fundação Cultural do Estado para fechar o contrato de produção desse livro. Comecei a ler livros. Demorei quatro meses criando o roteiro. Em janeiro meu irmão começou a desenhar e eu a arte finalizar. Em agosto editei a revista. Coloquei na gráfica. Ainda está na gráfica. Recebo semana que vem, dia 18 lanço durante a 10ª Feira HQ. As maiores dificuldades foram imagens de referência. Muitos personagens históricos nós não tínhamos a menor noção de como eram. Tivemos de criar o visual. Tivemos toda liberdade criativa que pudéssemos querer. Com exceção de algumas coisas: vamos fazer pouco sangue, pretendemos enviar para alunos adolescentes. Não poderia ser nada muito violento. E um pequeno impasse na capa que resolvemos colocando o chapéu de couro na cabeça do vaqueiro, para completar a vestimenta típica do imaginário popular que temos desse personagem. Fora isso, só tenho a agradecer à FUNDAC por tudo e por nos apoiar desde o ano passado, quando começamos a fazer a Feira HQ no Clube dos Diários.
Bernardo Aurélio: A principal novidade é o lançamento da revista "Foices e Facões - A Batalha do Jenipapo". Revista patrocinada pelo governo do Estado e produzida pelos irmãos Bernardo Aurélio (eu, que já escrevi para o For Teens a coluna Estação HQ por quase três anos) e Caio Oliveira. Outros atrativos são: lançamento no Piauí da revista Balaiada, dos maranhenses Iramir Araújo, Ronilson Freire e Beto Nicácio. Fora isso, o evento cresceu em categorias. Até ano passado eram apenas três categorias competitivas. Agora são nove (veja regulamento nucleodequadrinhospi.blogspot.com)! Cresceu também em participação e em qualidade dos trabalhos concorrentes.
FT: Como é chegar até a décima edição?
BA: Isso é importante perguntar porque os jornalistas sempre querem novidades. As vezes, as novidades não são o mais importante. Chegar a décima edição é o principal fato do evento: continuísmo, solidez na organização do evento, desejo de continuar fazendo e superando as adversidades. Esse ano publicamos a 3ª edição da revista Feira HQ. Logo logo sairá a 4ª, com os trabalhos premiados da 10ª edição do evento. E a cada ano a gente faz isso. Ano que vem será a 11ª, um número menos importante? Claro que não! Menos redondo, eu diria!
Eu escrevi um texto que está no folder do nosso evento:” ...Porque chegamos à décima edição do evento “feira hq” não quer dizer que estamos satisfeitos. Porque chegamos à terceira edição da revista feira hq, não temos pretensões de conquistarmos o mundo. Porque as coisas são difíceis e se fosse para desistirmos já o teríamos feito. Porque amamos mais os quadrinhos do que nossa capacidade de fazermos o que eles merecem. Porque nos calçamos sem ignorar as pedras que enxergam em nossos sapatos pela necessidade que sentimos em fazê-lo. Porque tudo ainda é muito pequeno e não nos envergonha falar de sonhos. Porque ainda estamos aqui: talvez não com as mãos e ouvidos calejados como deveriam. porque todo artista canta suas glórias e desgraças, também vamos cantar as nossas: uma década, uma década, uma década, uma década, uma década, uma década ...”
Acho que é isso. De uma maneira geral, estou muito feliz.
FT: O que mudou no mundo dos quadrinhos nesse tempo?
BA: Essa é complicada. Nesses últimos anos, os quadrinhos como o conhecemos (impresso, com balões, com quadrinhos) completou 100 anos. Acho que temos uma arte bem nova neste ponto de vista. Nos últimos dez anos vimos o mangá se espalhar e se solidificar pelo mundo. Vimos o quadrinho publicado em formato livro ganhar as livrarias, consolidando o formato Graphic Novel (Romance gráfico). Vimos os quadrinhos invadirem o cinema. Vemos o quadrinhista nacional ganhar espaço no Brasil, como Lourenço Mutarelli, Grampa, irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá entre outros (pouco e inconstante, mas está melhorando). Vimos os quadrinhos de super-heróis se reinventando para superar uma crise de mesmices (Autority, Astro City, Top 10, Promethea, Ex Machina). Infelizmente, vemos os quadrinhos tendo dificuldades para criar novos públicos de uma forma geral. Vemos cada vez menos quadrinhos específicos para o público infantil (com exceção da Turma da Mônica)... Enfim, tanta coisa!
FT: O que mudou na cabeça do teresinense em relação aos quadrinhos nesse tempo?
BA: Acho que pouco. O evento não é grande o suficiente para mudar a cabeça do seu público. Vemos, como em todo o Brasil, um mundo de mangakás, otakus (fanáticos por animação e quadrinhos japoneses). Acho que isso é o principal fato. Mas fazemos nosso trabalho de formiga. Me animo em ver que todo ano certas pessoas participam do evento. Sempre mandando trabalhos. Imagino que o Núcleo de Quadrinhos do Piauí está dando sua contribuição no estímulo à criação artística. Fazemos um certo número de pessoas continuarem produzindo. E estamos publicando esses caras! Vai chegar um dia que dirão: temos um cenário de quadrinhos que se movimenta e produz no Piauí. Um dia cai a ficha. Quando divulgamos nosso evento alguns sempre perguntam: “é a primeira vez que vocês fazem esse evento?”. Respondo: “Não! É a décima! Surpresa!!!”
FT: Como as demais mídias, como mangás, animes e desenhos animados, se relacionam com a HQ atualmente?
BA: Primeiro, permita-me esclarecer algo: Sua pergunta deixa a entender que mangá não é HQ(história em quadrinhos). É um erro bem comum. Mangá é HQ. Mangá é como se chamam os quadrinhos no Japão, da mesma forma que usamos Gibi no Brasil, comic nos EUA, banda desenhada em Portugal, essas coisas... Sobre sua pergunta, no Japão o relacionamento entre as mídias é bem claro. Sonia Luyten, doutora na área, fala de um tripé que se sustenta muito bem: quadrinhos, animações e brinquedos/jogos. Um produto incentivando o outro, como um acordo entre empresas. Normalmente, um mangá que faz sucesso vira animação que depois gera brinquedos ou jogos eletrônicos. No Brasil temos muita dificuldade com isso. Com exceção do Parque da Mônica e os vários brinquedos e produtos ligados a área. Temos também animações da Turma. Está em pré-produção uma animação do quadrinho nacional Holy Avenger, que seria um divisor de águas no mundo dos quadrinhos nacionais... Mas até onde eu sei está em pré-produção a quase 5 anos... Acho que não tem consistência. O mundo dos quadrinhos no Brasil agora que apresenta primeiros indícios de solidificação... Alcançar a indústria de brinquedos e da TV é um alvo distante. Imagine o que foram os anos 80 e 90, com a galera da Chiclete com Banana, que não conseguiram alçar vôos mais altos. É difícil! Já viu o desenho animado do Wood e Stock? É razoável...
FT: Com a internet, o que ainda podemos esperar dos quadrinhos como forma de comunicação?
BA: Primeiro a internet precisa realmente baixar a cabeça e dizer: “poxa! Ainda não somos tudo isso que vendemos ser...”. Num país como o Brasil, onde temos um dos maiores números de acessos diários no mundo, ainda temos de pagar pela internet! E internet ruim, diga-se de passagem! Ainda vou esperar umas duas décadas pra ver a TV se juntar com a net e está disponível de graça em todas os televisores digitais do Brasil e fazer a verdadeira revolução na Internet. Depois disso, vamos ver o que os quadrinhos podem fazer realmente. Scott McCloud (teórico famoso na área) fala das infinitas possibilidades de quadrinhos infinitos, sem preocupações com o espaço virtual. E até produz quadrinhos assim, como muitos outros. Pra mim, enquanto tivermos de ler um quadrinho numa conexão fulêra e num computador de, no mínimo R$ 1.500,00, tudo não passa de balela conceitual.
FT: Como a indústria do cinema ajuda os quadrinhos?
BA: Eu acho que os quadrinhos estão servindo muito mais ao cinema do que o contrário. Imagine que Homem Aranha 4 está em fase de pré-produção e já temos os roteiros para o 5º e o 6º sendo produzidos. É uma loucura! Hollywood estava passando por uma crise criativa, só pode ser! Os super heróis que fazem sucesso hoje na telona existem há décadas e ninguém poderoso lá havia dito: “vamos fazer isso direito!”. Considero Blade o filme da retomada dos quadrinhos para o Cinema. Depois dele veio X-Men. Pronto! Aprovado e carimbado. Quadrinhos vende ingressos. Poucos sabem que excelentes filmes como Estrada para Perdição e Do Inferno, O Anti-Herói Americano são baseados ou inspirados em quadrinhos.
Mas respondendo a sua pergunta de fato, os X-Men ganharam uniformes mais parecidos com os do filme depois da estréia. Um ano depois tudo voltou ao normal. O Cinema cria modismos nos quadrinhos para tentar atrair um público que viu o filme e pode começar a ler o quadrinho, mas na maioria das vezes isso não acontece. Imagine que os X-Men tem cerca de 40 anos de história. Super Homem e Batman tem uns 70. Um leitor novato tem muita dificuldade de se inserir nesses cenários.
FT: Há poucos dias, a Disney comprou a Marvel Comics e a DC já era controlada por outro grande grupo. Como o quadrinho autoral pode sobreviver nesse contexto?
BA: Fazendo da forma que sempre fez. Vendendo para o público que sempre existiu. Existe comprador pra tudo. Entretanto, o principal público do quadrinho autoral não é o mercado, é o próprio autor, que produz algo por motivações internas e sempre encontra espaço e meios pra isso. Entretanto, vale lembrar que a estúpida maioria dos quadrinhos autorais sempre continuam e continuarão nas gavetas de quem os criou.
FT: Como se dá a escolha do que vai ser apresentado na Feira HQ?
BA: Nada complicado. Temos um problema de espaço. A galeria do Club dos Diários suporta no máximo umas 120 pranchetas (páginas). Nós, da organização, precisamos fazer essa seleção pensando neste número. Aí vai pelo gosto de cada um. Se houver impasse sobre algum trabalho, votamos, mas isso dificilmente acontece.
FT: Em relação à obra "Foices e Facões - A Batalha do Jenipapo", conte-nos, um pouco, como foi o processo de criação e as dificuldades em produzir uma HQ no Piauí.
BA: Essa revista demorou um ano pra ser realizada. Desde a primeira frase escrita até o dia do lançamento. Em setembro do ano passado deixei meu emprego de coordenador de artes da Fundação Cultural do Estado para fechar o contrato de produção desse livro. Comecei a ler livros. Demorei quatro meses criando o roteiro. Em janeiro meu irmão começou a desenhar e eu a arte finalizar. Em agosto editei a revista. Coloquei na gráfica. Ainda está na gráfica. Recebo semana que vem, dia 18 lanço durante a 10ª Feira HQ. As maiores dificuldades foram imagens de referência. Muitos personagens históricos nós não tínhamos a menor noção de como eram. Tivemos de criar o visual. Tivemos toda liberdade criativa que pudéssemos querer. Com exceção de algumas coisas: vamos fazer pouco sangue, pretendemos enviar para alunos adolescentes. Não poderia ser nada muito violento. E um pequeno impasse na capa que resolvemos colocando o chapéu de couro na cabeça do vaqueiro, para completar a vestimenta típica do imaginário popular que temos desse personagem. Fora isso, só tenho a agradecer à FUNDAC por tudo e por nos apoiar desde o ano passado, quando começamos a fazer a Feira HQ no Clube dos Diários.
domingo, 30 de agosto de 2009
Programação da 10ª Feira HQ
10ª Feira HQ (11 a 19 de setembro de 2009)
Sexta-feira, dia 11/09.
16hs – Michiko e Hatchin Epi 01 e 02 (50min).
17hs – Shakugan No Shana II Epi 01 e 02 (50min)
18:30hs - Lançamento da revista “Balaiada”, dos maranhenses Iramir Araújo, Ronilson Freire e Beto Nicácio.
19hs - Palestra: ‘‘Quadro a Quadro: O Núcleo de Quadrinhos do Piauí e seus (Des)encontros na produção de Arte Sequencial’’, com Dowglas Lima e Paula Beatriz.
20:30 hs – Hulk vs. Wolverine (30min).
Sábado, dia 12/09
9hs – Canaan Epi 01 e 02 (50 min).
10hs – Mesa redonda: Trabalhando com quadrinho, com Bernardo Aurélio, Leno Carvalho, Iramir Araújo e Mário David.
11hs – Bakemonogatari Epi 01 e 02 (50 min).
14hs - Mulher Maravilha movie/animação (70 minutos)
15:15hs - Needless Epi 01 e 02 (50 min)
16:10hs – Pré-lançamento da revista Hipocampo 4ª Ocorrência.
17hs - Hulk vs. Thor (30 min)
18hs - Peça ‘‘Black Shit’’, do Grupo Cultural APICE
19hs - Show com Validuaté.
Domingo, dia 13/09
9hs – FullMetal Alchemist Brotherhood 01 e 02 (50min).
10hs - Mesa redonda: HQs na Universidade: novos campos de pesquisas acadêmicas, com Mário David, Bernardo Aurélio, Kelma Gallas, Lucas Lins, Dowglas Lima e Paula Beatriz.
11:30hs – K-On Epi 01 e 02 (50min).
14hs – Basquash! Epi 01 e 02 (50 min)
15hs – Katekyo Hitman Reborn Epi 01 e 02 (50 min)
16hs - Mesa redonda: Apresentando a Jornada do Herói: um diálogo entre mito, cinema e quadrinhos, com Dalson Carvalho, Caú Duarte e Bernardo Aurélio.
18hs – Concurso e premiação da categoria Cosplay.
Dia 18 / 09
18hs - Cerimonial de Lançamento da Revista ‘‘Foices e Facões - A Batalha do Jenipapo’’, obra de Bernardo Aurélio e Caio Oliveira.
18:30hs - Divulgação dos trabalhos premiados e entrega do Troféu Hipocampo.
19:30hs - Saint Seiya - The Lost Canvas Epi 01 e 02 (50min).
Preços
Programação de palestra, mesas redondas e exibição de animês (Sala Torquato Neto) nos dias 11, 12 e 18/09: Gratuito.
Show Validuaté (Espaço Cultural Osório Jr.) dia 12/09: Gratuito
Ingressos para espetáculo “Black Shit” (Sala Torquato Neto): R$ 3,00.
Ingresso para exibição dia 13/09 (Sala Torquato Neto): R$ 2,00
Sexta-feira, dia 11/09.
16hs – Michiko e Hatchin Epi 01 e 02 (50min).
17hs – Shakugan No Shana II Epi 01 e 02 (50min)
18:30hs - Lançamento da revista “Balaiada”, dos maranhenses Iramir Araújo, Ronilson Freire e Beto Nicácio.
19hs - Palestra: ‘‘Quadro a Quadro: O Núcleo de Quadrinhos do Piauí e seus (Des)encontros na produção de Arte Sequencial’’, com Dowglas Lima e Paula Beatriz.
20:30 hs – Hulk vs. Wolverine (30min).
Sábado, dia 12/09
9hs – Canaan Epi 01 e 02 (50 min).
10hs – Mesa redonda: Trabalhando com quadrinho, com Bernardo Aurélio, Leno Carvalho, Iramir Araújo e Mário David.
11hs – Bakemonogatari Epi 01 e 02 (50 min).
14hs - Mulher Maravilha movie/animação (70 minutos)
15:15hs - Needless Epi 01 e 02 (50 min)
16:10hs – Pré-lançamento da revista Hipocampo 4ª Ocorrência.
17hs - Hulk vs. Thor (30 min)
18hs - Peça ‘‘Black Shit’’, do Grupo Cultural APICE
19hs - Show com Validuaté.
Domingo, dia 13/09
9hs – FullMetal Alchemist Brotherhood 01 e 02 (50min).
10hs - Mesa redonda: HQs na Universidade: novos campos de pesquisas acadêmicas, com Mário David, Bernardo Aurélio, Kelma Gallas, Lucas Lins, Dowglas Lima e Paula Beatriz.
11:30hs – K-On Epi 01 e 02 (50min).
14hs – Basquash! Epi 01 e 02 (50 min)
15hs – Katekyo Hitman Reborn Epi 01 e 02 (50 min)
16hs - Mesa redonda: Apresentando a Jornada do Herói: um diálogo entre mito, cinema e quadrinhos, com Dalson Carvalho, Caú Duarte e Bernardo Aurélio.
18hs – Concurso e premiação da categoria Cosplay.
Dia 18 / 09
18hs - Cerimonial de Lançamento da Revista ‘‘Foices e Facões - A Batalha do Jenipapo’’, obra de Bernardo Aurélio e Caio Oliveira.
18:30hs - Divulgação dos trabalhos premiados e entrega do Troféu Hipocampo.
19:30hs - Saint Seiya - The Lost Canvas Epi 01 e 02 (50min).
Preços
Programação de palestra, mesas redondas e exibição de animês (Sala Torquato Neto) nos dias 11, 12 e 18/09: Gratuito.
Show Validuaté (Espaço Cultural Osório Jr.) dia 12/09: Gratuito
Ingressos para espetáculo “Black Shit” (Sala Torquato Neto): R$ 3,00.
Ingresso para exibição dia 13/09 (Sala Torquato Neto): R$ 2,00
domingo, 16 de agosto de 2009
Foices e Facões - A Batalha do Jenipapo
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
Aberta inscrição Curso de Elaboração de Projetos
Olá Pessoal,
Informo que está aberta a inscrição para curso de Elaboração de Projetos, no período de 22 a 26 de junho, no horário 8h as 12 e das 14h às 18h, no Sebrae, 1º andar, na Unidade de Coletiva Comercio e Serviço.
O curso possui uma carga horária de 40 horas, divido em dois módulos, de 20h cada. Será ministrado pelo consultor José Gutemberg.
I módulo: 29/06 01,02, e 03/07/09
II módulo: 20, 22, 23 e 24/07/09
Conteúdo Programático:
Abordagens a respeito do planejamento
Elaboração do diagnóstico
Introdução do Projeto
Indicadores
Metas
Operacionalização
Público-Alvo
Resultados Esperados
Avaliação e Monitoramento
Aspectos Financeiros
Atenciosamente,
Maria Alreni Lima Silva
Gestora do Projeto Cultura e Negócios Integrados
Fone: 86 3216-1385
E-mail: alreni@pi.sebrae.com.br
Informo que está aberta a inscrição para curso de Elaboração de Projetos, no período de 22 a 26 de junho, no horário 8h as 12 e das 14h às 18h, no Sebrae, 1º andar, na Unidade de Coletiva Comercio e Serviço.
O curso possui uma carga horária de 40 horas, divido em dois módulos, de 20h cada. Será ministrado pelo consultor José Gutemberg.
I módulo: 29/06 01,02, e 03/07/09
II módulo: 20, 22, 23 e 24/07/09
Conteúdo Programático:
Abordagens a respeito do planejamento
Elaboração do diagnóstico
Introdução do Projeto
Indicadores
Metas
Operacionalização
Público-Alvo
Resultados Esperados
Avaliação e Monitoramento
Aspectos Financeiros
Atenciosamente,
Maria Alreni Lima Silva
Gestora do Projeto Cultura e Negócios Integrados
Fone: 86 3216-1385
E-mail: alreni@pi.sebrae.com.br
terça-feira, 9 de junho de 2009
Vamos Participar do edital do BNB
O Banco do Nordeste do Brasil abriu inscrições para o edital “Programa BNB de Apoio à Cultura”. Como todos devem saber, a Feira HQ já foi aprovada quatro vezes consecutivas por este projeto, e estamos nos preparando para concorrer de novo. Esperar uma quinta aprovação depende muito de nosso esforço na realização desta 10ª edição da Feira, que acontecerá apenas em Setembro, entretanto, o que peço a todos vocês que lêem estas linhas é que se esforcem a participar deste edital com projetos próprios...
O BNB realizará no próximo dia 22 às 8:30 HS, no auditório do próprio banco (no centro, ao lado do arquivo público), uma oficina para explicar o edital, o projeto de inscrição e todos os detalhes necessários para qualquer um concorrer. Convidamos todos que fazem quadrinhos e que tenham projetos idealizados ou em execução à comparecer!
O edital do BNB (http://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/Eventos/Programa_BNBCultura_2010/gerados/apresentacao.asp) oferece espaço para pessoas jurídicas e pessoas físicas concorrerem. Eu, por exemplo, mandarei um projeto em andamento de um personagem meu chamado “Máscara de Ferro”.
Espero que possamos nos encontrar e discutir propostas para este edital. Se mandarmos um número grande de propostas de histórias em quadrinhos, poderemos aprovar alguns! Este ano serão R$ 6 milhões!!! O dobro do ano passado, se não me engano... Então, temos chances! À luta!!!
O BNB realizará no próximo dia 22 às 8:30 HS, no auditório do próprio banco (no centro, ao lado do arquivo público), uma oficina para explicar o edital, o projeto de inscrição e todos os detalhes necessários para qualquer um concorrer. Convidamos todos que fazem quadrinhos e que tenham projetos idealizados ou em execução à comparecer!
O edital do BNB (http://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/Eventos/Programa_BNBCultura_2010/gerados/apresentacao.asp) oferece espaço para pessoas jurídicas e pessoas físicas concorrerem. Eu, por exemplo, mandarei um projeto em andamento de um personagem meu chamado “Máscara de Ferro”.
Espero que possamos nos encontrar e discutir propostas para este edital. Se mandarmos um número grande de propostas de histórias em quadrinhos, poderemos aprovar alguns! Este ano serão R$ 6 milhões!!! O dobro do ano passado, se não me engano... Então, temos chances! À luta!!!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Entrevista comigo!!!
Um amigo achou que seria interessante me entrevistar!!!
Confiram no link:
http://portalopa.com/noticia.php?noticia=965
Espero que gostem!!!
Confiram no link:
http://portalopa.com/noticia.php?noticia=965
Espero que gostem!!!
terça-feira, 26 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
outras coisas
Descobri que quando estamos felizes demais, ficamos cegos à infelicidade alheia.
O outro sorri amarelo apenas e lhe retribuímos com gargalhadas estrondosas que lhe rasgam a alma.
Que me abram o olho na testa, que me injetem sua infelicidade na veia...
Mil vezes, mil vezes! Mas não me deixem gargalhar diante de um espírito sem calma.
O outro sorri amarelo apenas e lhe retribuímos com gargalhadas estrondosas que lhe rasgam a alma.
Que me abram o olho na testa, que me injetem sua infelicidade na veia...
Mil vezes, mil vezes! Mas não me deixem gargalhar diante de um espírito sem calma.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Super Homem fará o Dylan Dog
Finalmente, uma das melhores hq's de horror de todos os tempos será transportada para o cinema... Infelizmente o melhor diretor (Sam Raime) para o trabalho está ocupado com um certo escalador de paredes... E o melhor ator está muito velho (Bruce Campbell)...
Tudo bem... teremos de aceitar o Super Homem Brandon Routh, que deverá se sair bem, como fez com o Clark...
[img]http://universohq.com/quadrinhos/2009/imagens/dylandog_01.jpg[/img]
"Por Sérgio Codespoti (08/05/09)
Dylan DogO site ShockTillYouDrop.com visitou o set de filmagens do filme Dead of Night, uma adaptação da série Dylan Dog, de Tiziano Sclavi.
Dylan Dog, o personagem principal, está sendo interpretado por Brandon Routh, de Superman Returns, e pode ser visto aqui.
A direção é de Kevin Munroe, e o elenco também inclui Sam Huntington, Taye Diggs, Anita Briem, Peter Stormare e Kurt Angle.
O roteiro foi escrito por Thomas Dean Donnelly e Joshua Oppenheimer."
Tudo bem... teremos de aceitar o Super Homem Brandon Routh, que deverá se sair bem, como fez com o Clark...
[img]http://universohq.com/quadrinhos/2009/imagens/dylandog_01.jpg[/img]
"Por Sérgio Codespoti (08/05/09)
Dylan DogO site ShockTillYouDrop.com visitou o set de filmagens do filme Dead of Night, uma adaptação da série Dylan Dog, de Tiziano Sclavi.
Dylan Dog, o personagem principal, está sendo interpretado por Brandon Routh, de Superman Returns, e pode ser visto aqui.
A direção é de Kevin Munroe, e o elenco também inclui Sam Huntington, Taye Diggs, Anita Briem, Peter Stormare e Kurt Angle.
O roteiro foi escrito por Thomas Dean Donnelly e Joshua Oppenheimer."
sexta-feira, 27 de março de 2009
Porque memórias são importantes
Tia Anísia,
Não lembro qual o pedaço de memória mais antigo. Acho que foram umas férias. Eu e meus dois irmãos passamos uns dias naquela casa do Acarape com cheiro de flores. Achava engraçado duas casas numa só: elas eram divididas, duas portas, duas salas, duas cozinhas, mas se encontravam no quintal. Minhas tias moravam ali: Anísia e Zélia. Em minha cabeça nublada vejo o tio Johnson e a Teca, com um blusão largo e cabelos de mola, vítima da moda dos anos oitenta.
Naqueles tempos, Teresina era um mistério. Os prédios e as praças maiores que o costumeiro. O centro ficava longe demais para um menino do interior e tínhamos de pegar o “Poty Velho” perto da padaria. Como eu era pequeno, passava por debaixo da roleta. Se não me engano a padaria se chamava “Pão da hora” e lá vendiam brigadeiros imensos...
As lembranças se misturam. Certa vez, passamos as férias comendo o fumegante cuscuz na casa da vó Graça, que morava colada ao aeroporto. Ela parecia acostumada ao estrondo dos motores que passavam sobrevoando sua cabeça, mas pra mim... Sentava-me numa manilha enorme do terreno baldio e via de perto os aviões pousarem e subirem por detrás do muro, estupefato! Quando voltava, ia catando as carteiras de cigarro pelo chão, dobrava-as cuidadosamente e guardava-as no bolso, como se notas de dinheiro.
Aqueles dias se misturam porque certa vez nos aventuramos do aeroporto ao Acarape, para visitar nossas tias. Lembro que choveu. A casa do tio Zé Ulisses também ficava ali perto e cheirava a eucaliptos.
Acho que é essa a lembrança mais antiga: o papel no chão, eu sentado na frente dele, a tia Anísia na minha frente. O pente fino passava e caiam os piolhos sobre o papel. Mas não eram só piolhos, eram uns “bois”. Ela repetiu o ritual com meus irmãos. Lembro-me dela impressionada quando os maiores caiam fazendo barulho e pontilhando o papel como um céu estrelado em negativo. Ela ficou uma arara com a mamãe que, desde então empenhou-se melhor em cuidar da cabeça dos filhos: certa vez, decidida a acabar com esses bichos que nos envergonham mais do que incomodam, mamãe lambuzou nossos cabelos com óleo de cozinha e passou a faca da manteiga da raiz à ponta. Não ficou uma lêndia!
Mas havia algo de diferente naquela casa, nos móveis bonitinhos, numa caixa de música perto do telefone, num passarinho de brinquedo que cantava quando estalávamos os dedos próximo dele (isso ainda hoje me impressiona!), no conjunto de três pirâmides que enfeitavam a sala, numa agenda de telefone engraçada que parece ainda existir, resistindo ao tempo: a agenda lembra os telefones de discar, aqueles antes dos de botões. Em vez de você discar o “1”, você discava “a, b, c” e a agenda abria nos nomes que tinham aquelas iniciais. Em vez de “0”, havia “x, y, z”. Quase não havia ninguém com x, y ou z.
Tudo ali era muito arrumado, mas com o cuidado de não parecer sisudo, formal: estávamos em casa!
As noites de natal eram impressionantes. Tantos familiares que eu me sentia perdido. Quando penso na tia Anísia sinto uma angústia incurável, mas não vou falar disso agora... Antes, o natal.
Uma ceia imensa: arroz com ervilha ou com uva passa, peru fatiado, toda sorte de saladas, inclusive aquelas com maçã, batata, presunto e maionese. Porco não faltava. Muito menos um creme de galinha com azeitonas inteiras. A família se fartava e não era pouco, porque ainda havia sobremesas, uma feita com abacaxi, outra com bolachas champanhe. Verdadeiras jóias. Um crime! Toda minha família me engordou!
Não lembro se antes ou depois da ceia, mas sempre havia presentes. E não era amigo oculto nem qualquer troca, as nossas tias simplesmente os davam, ficavam contentíssimas com um sorriso ou abraço. Eram tantos os presentes que convidados de convidados nunca ficavam só olhando, mas eram agraciados com um mimo carinhoso igual a todos nós, por conta disso os presentes eram simples, mas o gesto natalino era o que importava. Os presentes variavam entre canetas, lenços, desodorantes, conjunto de sabonetes, perfumes, coisas que sempre poderiam ser dados ou recebidos por qualquer pessoa. Aqueles natais foram importantíssimos pra mim. Sorrisos de desconhecidos povoam memórias adormecidas. Talvez seja essa a angústia que me apavora. Foram em noites como aqueles natais que percebi a grandiosidade da família e a nossa incapacidade proporcional de si encontrar plenamente ali. Eu, filho de Simplício e Maria, me assusto diante da frondosa árvore hereditária da qual os frutos não provei. Tantas pessoas, tantas histórias! Como é triste não conhecê-los. Aperta-me o peito o passado incógnito dos meus pais. Como é ruim não saber suas aventuras, seus melhores amigos, suas loucuras de amor, suas bravuras, suas burrices... Como faz bem e mal a foto em sépia. Como encanta e assusta a foto amarelada. Como eu queria conhecer todas essas histórias, mas nos prendemos à necessidade ególatra de construirmos apenas a nossa.
Certo dia, li a crônica “Sonho de criança”, de autoria da tia Anísia. Ela dizia que queria conhecer o “pé-de-velocípedes” que habitava sua imaginação infantil. Aí eu imaginei essa senhora de setenta e tantos anos quando criança, com sua família, com minha bisavó Florinda, ainda no corpo de uma mulher madura e cheia de vida. Imaginei minha avó grávida de meu pai cochichando e andando de braços dados com minhas tias avós por ruas que não existem mais como eram. Imaginei meu pai nascendo, crescendo, enchendo de galanteios quem seria minha mãe...
Eu poderia pensar nisso tudo quando vejo qualquer senhor ou senhora com bolsas debaixo dos olhos ou quando sinto o braço da minha avó Graça como um saquinho de couro, ou quando vejo os dedos dos pés da minha avó Francisca todos entramelados que dá vontade de tentar consertá-los um por um... Mas sinto isso, especialmente quando penso na tia Anísia porque lembro como ela se importa. Como ela fica alegre registrando momentos, fazendo vídeos, mostrando textos, tudo para tentar preservar o que ela viveu, com quem ela viveu e como ela viveu. O respeito que ela sente pelo passado da família é coletivo.
A comemoração dos 80 anos da casa da vó Florinda, onde lembro ter vivido a tia Delma na maior parte de sua vida, casa que aliás também cheirava a flores, mas com sabor de carambolas e azeitonas pretas, foi uma epifania nostálgica: “Meu Deus! Quem é aquele que sorri com mamãe? Quem são aqueles que bebem com o papai? E aqueles senhores tão velhos quanto a tia Mazé?”. Foi uma maravilhosa crueldade. E a tia Anísia estava ali no meio, entregando um livro com imagens e textos, além de uma tela pintada por Rogério Albino, uma reconstrução de como seria a lembrança mais antiga daquela casa.
Ai,ai, tia Anísia! Ultimamente, quando nos encontramos, você diz, com um orgulho triste, para todos ouvirem que eu sou o único que lembra dos seus natais com seus presentes que não existem mais. Ah! Tia! Todos lembram, a maioria apenas não comenta.
Beijos
Bernardo Aurélio
Março de 2009.
Não lembro qual o pedaço de memória mais antigo. Acho que foram umas férias. Eu e meus dois irmãos passamos uns dias naquela casa do Acarape com cheiro de flores. Achava engraçado duas casas numa só: elas eram divididas, duas portas, duas salas, duas cozinhas, mas se encontravam no quintal. Minhas tias moravam ali: Anísia e Zélia. Em minha cabeça nublada vejo o tio Johnson e a Teca, com um blusão largo e cabelos de mola, vítima da moda dos anos oitenta.
Naqueles tempos, Teresina era um mistério. Os prédios e as praças maiores que o costumeiro. O centro ficava longe demais para um menino do interior e tínhamos de pegar o “Poty Velho” perto da padaria. Como eu era pequeno, passava por debaixo da roleta. Se não me engano a padaria se chamava “Pão da hora” e lá vendiam brigadeiros imensos...
As lembranças se misturam. Certa vez, passamos as férias comendo o fumegante cuscuz na casa da vó Graça, que morava colada ao aeroporto. Ela parecia acostumada ao estrondo dos motores que passavam sobrevoando sua cabeça, mas pra mim... Sentava-me numa manilha enorme do terreno baldio e via de perto os aviões pousarem e subirem por detrás do muro, estupefato! Quando voltava, ia catando as carteiras de cigarro pelo chão, dobrava-as cuidadosamente e guardava-as no bolso, como se notas de dinheiro.
Aqueles dias se misturam porque certa vez nos aventuramos do aeroporto ao Acarape, para visitar nossas tias. Lembro que choveu. A casa do tio Zé Ulisses também ficava ali perto e cheirava a eucaliptos.
Acho que é essa a lembrança mais antiga: o papel no chão, eu sentado na frente dele, a tia Anísia na minha frente. O pente fino passava e caiam os piolhos sobre o papel. Mas não eram só piolhos, eram uns “bois”. Ela repetiu o ritual com meus irmãos. Lembro-me dela impressionada quando os maiores caiam fazendo barulho e pontilhando o papel como um céu estrelado em negativo. Ela ficou uma arara com a mamãe que, desde então empenhou-se melhor em cuidar da cabeça dos filhos: certa vez, decidida a acabar com esses bichos que nos envergonham mais do que incomodam, mamãe lambuzou nossos cabelos com óleo de cozinha e passou a faca da manteiga da raiz à ponta. Não ficou uma lêndia!
Mas havia algo de diferente naquela casa, nos móveis bonitinhos, numa caixa de música perto do telefone, num passarinho de brinquedo que cantava quando estalávamos os dedos próximo dele (isso ainda hoje me impressiona!), no conjunto de três pirâmides que enfeitavam a sala, numa agenda de telefone engraçada que parece ainda existir, resistindo ao tempo: a agenda lembra os telefones de discar, aqueles antes dos de botões. Em vez de você discar o “1”, você discava “a, b, c” e a agenda abria nos nomes que tinham aquelas iniciais. Em vez de “0”, havia “x, y, z”. Quase não havia ninguém com x, y ou z.
Tudo ali era muito arrumado, mas com o cuidado de não parecer sisudo, formal: estávamos em casa!
As noites de natal eram impressionantes. Tantos familiares que eu me sentia perdido. Quando penso na tia Anísia sinto uma angústia incurável, mas não vou falar disso agora... Antes, o natal.
Uma ceia imensa: arroz com ervilha ou com uva passa, peru fatiado, toda sorte de saladas, inclusive aquelas com maçã, batata, presunto e maionese. Porco não faltava. Muito menos um creme de galinha com azeitonas inteiras. A família se fartava e não era pouco, porque ainda havia sobremesas, uma feita com abacaxi, outra com bolachas champanhe. Verdadeiras jóias. Um crime! Toda minha família me engordou!
Não lembro se antes ou depois da ceia, mas sempre havia presentes. E não era amigo oculto nem qualquer troca, as nossas tias simplesmente os davam, ficavam contentíssimas com um sorriso ou abraço. Eram tantos os presentes que convidados de convidados nunca ficavam só olhando, mas eram agraciados com um mimo carinhoso igual a todos nós, por conta disso os presentes eram simples, mas o gesto natalino era o que importava. Os presentes variavam entre canetas, lenços, desodorantes, conjunto de sabonetes, perfumes, coisas que sempre poderiam ser dados ou recebidos por qualquer pessoa. Aqueles natais foram importantíssimos pra mim. Sorrisos de desconhecidos povoam memórias adormecidas. Talvez seja essa a angústia que me apavora. Foram em noites como aqueles natais que percebi a grandiosidade da família e a nossa incapacidade proporcional de si encontrar plenamente ali. Eu, filho de Simplício e Maria, me assusto diante da frondosa árvore hereditária da qual os frutos não provei. Tantas pessoas, tantas histórias! Como é triste não conhecê-los. Aperta-me o peito o passado incógnito dos meus pais. Como é ruim não saber suas aventuras, seus melhores amigos, suas loucuras de amor, suas bravuras, suas burrices... Como faz bem e mal a foto em sépia. Como encanta e assusta a foto amarelada. Como eu queria conhecer todas essas histórias, mas nos prendemos à necessidade ególatra de construirmos apenas a nossa.
Certo dia, li a crônica “Sonho de criança”, de autoria da tia Anísia. Ela dizia que queria conhecer o “pé-de-velocípedes” que habitava sua imaginação infantil. Aí eu imaginei essa senhora de setenta e tantos anos quando criança, com sua família, com minha bisavó Florinda, ainda no corpo de uma mulher madura e cheia de vida. Imaginei minha avó grávida de meu pai cochichando e andando de braços dados com minhas tias avós por ruas que não existem mais como eram. Imaginei meu pai nascendo, crescendo, enchendo de galanteios quem seria minha mãe...
Eu poderia pensar nisso tudo quando vejo qualquer senhor ou senhora com bolsas debaixo dos olhos ou quando sinto o braço da minha avó Graça como um saquinho de couro, ou quando vejo os dedos dos pés da minha avó Francisca todos entramelados que dá vontade de tentar consertá-los um por um... Mas sinto isso, especialmente quando penso na tia Anísia porque lembro como ela se importa. Como ela fica alegre registrando momentos, fazendo vídeos, mostrando textos, tudo para tentar preservar o que ela viveu, com quem ela viveu e como ela viveu. O respeito que ela sente pelo passado da família é coletivo.
A comemoração dos 80 anos da casa da vó Florinda, onde lembro ter vivido a tia Delma na maior parte de sua vida, casa que aliás também cheirava a flores, mas com sabor de carambolas e azeitonas pretas, foi uma epifania nostálgica: “Meu Deus! Quem é aquele que sorri com mamãe? Quem são aqueles que bebem com o papai? E aqueles senhores tão velhos quanto a tia Mazé?”. Foi uma maravilhosa crueldade. E a tia Anísia estava ali no meio, entregando um livro com imagens e textos, além de uma tela pintada por Rogério Albino, uma reconstrução de como seria a lembrança mais antiga daquela casa.
Ai,ai, tia Anísia! Ultimamente, quando nos encontramos, você diz, com um orgulho triste, para todos ouvirem que eu sou o único que lembra dos seus natais com seus presentes que não existem mais. Ah! Tia! Todos lembram, a maioria apenas não comenta.
Beijos
Bernardo Aurélio
Março de 2009.
quinta-feira, 26 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
Messias
Bernardo Aulério
Quando os dias estão assim,
Eu quero olhar na sua cara.
Eu quero saber o por quê
Quando os dias estão ruins.
Perdendo-me no vale da morte,
Eu procuro por sua mão.
Eu procuro você ao meu lado,
Perdendo-me à própria sorte.
Faça-nos voar!
(Somos fracos)
Faça-nos acreditar!
Faça-nos ver!
(Somos fracos)
Faça-nos crer!
Não vejo a luz no fim,
Eu queria acreditar sem ver,
Eu queria acreditar com fé,
Mas preciso d'um show pra mim.
Quando os dias estão assim,
Eu quero olhar na sua cara.
Eu quero saber o por quê
Quando os dias estão ruins.
Perdendo-me no vale da morte,
Eu procuro por sua mão.
Eu procuro você ao meu lado,
Perdendo-me à própria sorte.
Faça-nos voar!
(Somos fracos)
Faça-nos acreditar!
Faça-nos ver!
(Somos fracos)
Faça-nos crer!
Não vejo a luz no fim,
Eu queria acreditar sem ver,
Eu queria acreditar com fé,
Mas preciso d'um show pra mim.
terça-feira, 17 de março de 2009
Réquiem aos Heróis
Bernardo Aurélio
As tropas marcham a céu aberto
Com sede de matar
Espingardas e canhões
Contra foices e facões
As tropas marcham ao redor,
Com sede de calar
Tortura e prisão
Contra liberdade e paixão
Campos abertos, desertos
Preparado para a guerra
Campos maiores, cobertos
De sangue e corpos com terra.
Quem vence a luta
Na batalha pela liberdade?
Quem vence a justa
Nas duas pontas da verdade?
Quem irá contar os mortos
No final da batalha?
Quantos sairão vitoriosos
No final da campanha?
Nós lutamos guiados por ideais,
De homens que sabem o que querem
E morremos sem saber os motivos reais
Daqueles que fatalmente nos ferem.
As tropas marcham a céu aberto
Com sede de matar
Espingardas e canhões
Contra foices e facões
As tropas marcham ao redor,
Com sede de calar
Tortura e prisão
Contra liberdade e paixão
Campos abertos, desertos
Preparado para a guerra
Campos maiores, cobertos
De sangue e corpos com terra.
Quem vence a luta
Na batalha pela liberdade?
Quem vence a justa
Nas duas pontas da verdade?
Quem irá contar os mortos
No final da batalha?
Quantos sairão vitoriosos
No final da campanha?
Nós lutamos guiados por ideais,
De homens que sabem o que querem
E morremos sem saber os motivos reais
Daqueles que fatalmente nos ferem.
Um conto de ninguém
Por Bernardo Aurélio
Um obscuro dia me aguarda amanhã. Não sei por onde começar a me perder pelas ruas. Talvez não precise sequer sair de casa.
Olho o chão. Vejo meus pés descalços em cima dele. A sujeira entre as unhas encravadas. Tanto peso sobre o mundo. Tanta gente besta.
Não me considero um grande pessimista, até consigo me divertir com as pessoas mais ingratas que conheço.
...Mas amanhã... Amanhã sim, bem cedo, pela manhã.
As coisas quase sempre nunca são como esperamos. Amanheceu como sempre. Raiou o dia. Nenhum bicho entre as árvores de concreto. Não há ninhos ali. Não os vejo. Pelo contrário, havia uma mangueira bem ali, onde vivia algum animal barulhento, mas alguém a derrubou. Pena. Fazia uma sombra boa em meu quintal. O bicho voou pra outro lugar.
É claro que tenho esperanças e oportunidades. Minha vida é cheia disso. Já posso ir embora?
Eu devia começar falando sobre o assassinato ou sobre a cena erótica, pornográfica?
Eu peguei seu rosto frio e machucado. O gosto da urina entre suas coxas era de azedar. Ela já não tinha mais forças pra nada. Eu não agüentava mais olhar para aquela cara, por isso a arranquei e joguei fora.
A polícia não a encontrou. Eu estou livre. Final feliz. Dostoievski que se foda!
Um obscuro dia me aguarda amanhã. Não sei por onde começar a me perder pelas ruas. Talvez não precise sequer sair de casa.
Olho o chão. Vejo meus pés descalços em cima dele. A sujeira entre as unhas encravadas. Tanto peso sobre o mundo. Tanta gente besta.
Não me considero um grande pessimista, até consigo me divertir com as pessoas mais ingratas que conheço.
...Mas amanhã... Amanhã sim, bem cedo, pela manhã.
As coisas quase sempre nunca são como esperamos. Amanheceu como sempre. Raiou o dia. Nenhum bicho entre as árvores de concreto. Não há ninhos ali. Não os vejo. Pelo contrário, havia uma mangueira bem ali, onde vivia algum animal barulhento, mas alguém a derrubou. Pena. Fazia uma sombra boa em meu quintal. O bicho voou pra outro lugar.
É claro que tenho esperanças e oportunidades. Minha vida é cheia disso. Já posso ir embora?
Eu devia começar falando sobre o assassinato ou sobre a cena erótica, pornográfica?
Eu peguei seu rosto frio e machucado. O gosto da urina entre suas coxas era de azedar. Ela já não tinha mais forças pra nada. Eu não agüentava mais olhar para aquela cara, por isso a arranquei e joguei fora.
A polícia não a encontrou. Eu estou livre. Final feliz. Dostoievski que se foda!
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
O Núcleo de Quadrinhos do Piauí
O Núcleo de Quadrinhos do Piauí (NQ) começou a se organizar no início dos anos noventa. É realizado um evento anual desde 1999, todos com grande presença de público, lotando os corredores e as salas de exibição de vídeo ou de palestras ou oficinas, onde se realiza a Feira HQ, reunindo fãs, colecionadores e produtores de histórias em quadrinhos de todo o Estado.
Na Feira HQ há exposição de desenhos, exibição de filmes e mesas de jogos, além de oficinas, palestras e venda de revistas piauienses. É a Feira HQ que permite ao Núcleo de Quadrinhos do Piauí produzir, premiar, capacitar e publicar artistas de nível local e nacional. A Feira HQ reúne a nove anos um grande acervo de desenhos de artistas de nosso Estado, estimula a produção e a discussão a respeito do assunto.
Esta décima edição (marcada para acontecer em setembro) irá superar os anos anteriores, diversificando na exibição de vídeos, investindo mais em oficinas, convidando palestrantes de fora do Estado para o 2º Seminário de Quadrinhos do Piauí (2º SQP), além de premiar as melhores trabalhos nas mais diversas categorias: 01) Melhor História em Quadrinhos; 02) Melhor História em Quadrinhos Estilo Mangá; 03) Melhor Desenho para Quadrinhos; 04) Melhor Roteiro para Quadrinhos; 05) Melhor Ilustração; 06) Melhor Publicação Alternativa; 07) Melhor HQ Infanto-Juvenil; 08) Melhor Ilustração Infanto-Juvenil; 09) Melhor Cosplay.
O NQ pretende atingir todos os públicos que apreciam a conhecida nona arte, entretanto, nestes anos onde a cultura pop japonesa expande-se mundo à fora o NQ convida especialmente todos os fãs de mangá e animê (quadrinhos e desenhos animados japoneses) a participarem das categorias criadas especialmente para eles: Melhor História em Quadrinhos Estilo Mangá e Melhor Cosplay (categoria onde o fã fantasia-se de seu personagem favorito). Com essa iniciativa o NQ pretende também apresentar aos novos leitores de quadrinhos, surgidos nessa onda nipônica, toda a qualidade dos demais quadrinhos criados ao redor do mundo, inclusive os produzidos especialmente no Brasil e no Piauí.
Por quatro vezes consecutivas, o projeto da Feira HQ foi aprovado pelo Programa BNB de Apoio à Cultura. Além disto, o trabalho do Núcleo possibilitou a aprovação de dois projetos na Lei A. Tito Filho de apoio à cultura, que são a Revista Feira HQ, coletânea dos desenhos premiados e a Humor Sangrento, republicação da primeira revista em quadrinhos editada no Piauí, em 1977, títulos que foram lançados durante a 8ª Feira HQ e que prestigiam uma dúzia de novos talentos no Estado e o merecido trabalho pioneiro de Arnaldo Albuquerque em Teresina.
O NQ conta com a participação e o apoio do Grupo Cultural APICE (peça teatral Black Shit), do grupo THE Anime, que realiza um dos maiores eventos de animê da capital e da ARTE (Associação de RPG de Teresina) para tornar a 10ª edição do evento a melhor realizada até hoje.
Na Feira HQ há exposição de desenhos, exibição de filmes e mesas de jogos, além de oficinas, palestras e venda de revistas piauienses. É a Feira HQ que permite ao Núcleo de Quadrinhos do Piauí produzir, premiar, capacitar e publicar artistas de nível local e nacional. A Feira HQ reúne a nove anos um grande acervo de desenhos de artistas de nosso Estado, estimula a produção e a discussão a respeito do assunto.
Esta décima edição (marcada para acontecer em setembro) irá superar os anos anteriores, diversificando na exibição de vídeos, investindo mais em oficinas, convidando palestrantes de fora do Estado para o 2º Seminário de Quadrinhos do Piauí (2º SQP), além de premiar as melhores trabalhos nas mais diversas categorias: 01) Melhor História em Quadrinhos; 02) Melhor História em Quadrinhos Estilo Mangá; 03) Melhor Desenho para Quadrinhos; 04) Melhor Roteiro para Quadrinhos; 05) Melhor Ilustração; 06) Melhor Publicação Alternativa; 07) Melhor HQ Infanto-Juvenil; 08) Melhor Ilustração Infanto-Juvenil; 09) Melhor Cosplay.
O NQ pretende atingir todos os públicos que apreciam a conhecida nona arte, entretanto, nestes anos onde a cultura pop japonesa expande-se mundo à fora o NQ convida especialmente todos os fãs de mangá e animê (quadrinhos e desenhos animados japoneses) a participarem das categorias criadas especialmente para eles: Melhor História em Quadrinhos Estilo Mangá e Melhor Cosplay (categoria onde o fã fantasia-se de seu personagem favorito). Com essa iniciativa o NQ pretende também apresentar aos novos leitores de quadrinhos, surgidos nessa onda nipônica, toda a qualidade dos demais quadrinhos criados ao redor do mundo, inclusive os produzidos especialmente no Brasil e no Piauí.
Por quatro vezes consecutivas, o projeto da Feira HQ foi aprovado pelo Programa BNB de Apoio à Cultura. Além disto, o trabalho do Núcleo possibilitou a aprovação de dois projetos na Lei A. Tito Filho de apoio à cultura, que são a Revista Feira HQ, coletânea dos desenhos premiados e a Humor Sangrento, republicação da primeira revista em quadrinhos editada no Piauí, em 1977, títulos que foram lançados durante a 8ª Feira HQ e que prestigiam uma dúzia de novos talentos no Estado e o merecido trabalho pioneiro de Arnaldo Albuquerque em Teresina.
O NQ conta com a participação e o apoio do Grupo Cultural APICE (peça teatral Black Shit), do grupo THE Anime, que realiza um dos maiores eventos de animê da capital e da ARTE (Associação de RPG de Teresina) para tornar a 10ª edição do evento a melhor realizada até hoje.
Regulamento 10ª Feira HQ
Da natureza do evento
01. A 10ª Feira HQ é um evento que se propõe incentivar a produção de Histórias em Quadrinhos (HQ's) no Brasil.
02. Os candidatos podem se inscrever em quatro categorias competitivas: História em Quadrinhos, Ilustração, Publicação Alternativa e Cosplay.
03. Existirão nove sub-categorias competitivas com premiação: 01) Melhor História em Quadrinhos; 02) Melhor História em Quadrinhos Estilo Mangá; 03) Melhor Desenho para Quadrinhos; 04) Melhor Roteiro para Quadrinhos; 05) Melhor Ilustração; 06) Melhor Publicação Alternativa; 07) Melhor HQ Infanto-Juvenil; 08) Melhor Ilustração Infanto-Juvenil; 09) Melhor Cosplay.
Das Histórias em Quadrinhos
04. As HQ’s encaminhadas podem ser originais ou fotocópias coloridas. Tema livre. O trabalho enviado poderá ser produzido originalmente em qualquer formato, mas padronizado em tamanho A3 para exposição, com margens de 3cm.
05. A HQ, de tema livre, deverá ter um máximo de 08 páginas, arte-finalizadas com qualquer técnica, preto-e-branco ou colorida.
06. Nesta categoria, os inscritos concorrem a Melhor História em Quadrinhos, Melhor Desenho para Quadrinhos e Melhor Roteiro para Quadrinhos .
07. Na premiação Melhor História em Quadrinhos não concorrem os trabalhos produzidos em estilo mangá, pois estes possuem categoria específica.
Da Sub-categoria Melhor História em Quadrinho em Estilo Mangá
08. As especificações para produção e critérios para seleção e inscrição da Sub-categoria Melhor História em Quadrinhos em Estilo Mangá são idênticas às da sub-categoria Melhor História em Quadrinhos citadas anteriormente.
09. As HQ's em Estilo Mangá não concorrem à premiação de Melhor História em Quadrinhos, pois possuem premiação específica, mas concorrerão de igual às demais histórias em quadrinhos nas sub-categorias Melhor Desenho para Quadrinhos e Melhor Roteiro para Quadrinhos.
Das Ilustrações
10. A Ilustração poderá ser colorida ou preto-e-branco, sendo válidas qualquer técnica e estilo. Podem ser originais ou fotocópias coloridas. Tema livre. O trabalho enviado poderá ser produzido originalmente em qualquer formato, mas padronizado em tamanho A3 para exposição, com margens de 3cm.
Das Publicações Alternativas
11. A Publicação Alternativa deverá ser sobre/com HQ e conter, no mínimo, 16 páginas, em qualquer formato, preto-e-branco ou colorido. Podem concorrer todos os Fanzines ou Revistas Alternativas produzidos em 2008 e 2009. Por Revista Alternativa, entende-se: publicação independente ou não, que proponha obras autorais e/ou fora do mercado editorial. Por Fanzine, entende-se revista do fã. Para inscrição na categoria Publicação Alternativa, cinco cópias devem ser doadas à organização. Além dessas, o concorrente deverá apresentar, no mínimo, 20 exemplares do título à venda durante toda a 10ª edição da Feira HQ. Caso não estejam as cópias presentes no evento desde o primeiro dia, o concorrente será eliminado. Se o concorrente não puder comparecer ao evento deverá encaminhar suas Publicações à organização, com carta em anexo (registrada e com aviso de recebimento) informando a quantidade e seu valor. No final do evento, será entregue ao inscrito a quantia correspondente à venda das mesmas (deduzido 10% do valor para o NQ) e serão devolvidas as restantes (via sedex à cobrar), caso não sejam vendidas todas.
Das categorias Infanto-juvenis
12. Candidatos com até 15 anos de idade poderão participar separadamente nas categorias HQ e Ilustração.
13. A HQ, deverá ter um máximo de 04 páginas, produzida em qualquer estilo, tema e formato, desde que apresentada em tamanho padronizado A3, cópia ou original, arte-finalizada com qualquer técnica, preto-e-branco ou colorida, com margens de 3cm.
14. A Ilustração deverá ser produzida em qualquer formato desde que apresentada em formato padronizado A3, cópia ou original, arte-finalizada com qualquer técnica, preto-e-branco ou colorida.
15. Caso o concorrente não possua CPF e/ou RG, as inscrições deverão ser feitas com a assinatura os dados dos pais ou responsáveis.
Da Sub-categoria Melhor Cosplay
16. São considerados válidos Cosplays de personagens originados em qualquer tipo de mídia desenhada, filmada ou de jogos. É vetada a participação e representação de personagens hentai como medida de segurança e integridade física para menores de idade e participantes em geral.
17. É terminantemente proibido o porte de explosivos, armas de fogo (mesmo descarregadas) e armas brancas com lâmina afiada. Apenas objetos que não representem perigo para os presentes no evento serão permitidos. O porte de objeto dará ao evento a autoridade da barrar o visitante na entrada e recolher o objeto ao guarda-volumes, tendo o visitante o direito de retirá-lo no final do evento.
18. É proibido pular do palco ou atirar objetos para fora dele durante a apresentação.
19. O cosplayer se responsabiliza pela integridade de aparelhagem e acessórios do evento quando em seu poder durante a apresentação ou enquanto estiver no evento.
20. Os cosplayers deverão levar para o júri, no momento da inscrição, visando facilitar a avaliação, material impresso (como letra de música, imagem do personagem, resumo de personalidade... O que o concorrente achar necessário para explicar sua apresentação). Este material será um dos quesitos para a participação e somará a nota final.
21. O cosplayer que não estiver presente, quando de sua apresentação, será imediatamente desclassificado.
22. O participante deverá respeitar o tempo limite de sua apresentação, sendo este de 1 (um) minuto para a fase de desfile e 5 (cinco) minutos para a fase de apresentação.
23. Esta categoria é aberta para pessoas com idade superior a 10 anos.
24. Os concorrentes podem competir uma única vez em apresentações individuais ou grupais. Caso interaja em outras apresentações, será automaticamente eliminado.
Das Inscrições
25. Os concorrentes deverão baixar a ficha de inscrição no blog ou comunidade no orkut do Núcleo de Quadrinhos do Piauí e inscreverem-se até 31 de agosto de 2009. A ficha deverá ser encaminhada pessoalmente pelo interessado, ou através dos correios ao seguinte endereço:
Núcleo de Quadrinhos do Piauí
Rua Dirce Oliveira, nº 3047
Bairro Ininga / Teresina – Piauí / CEP 64048-550
26. Pode-se concorrer com até 03 (três) trabalhos em cada categoria, com exceção da categoria Cosplay e das sub-categorias Infanto-juvenis: apenas um.
27. Em todas as páginas de quadrinhos e ilustrações enviadas deverá constar no verso: nome completo, Registro Geral, CPF, endereço, e-mail e telefone do participante, além da numeração de páginas e título de cada trabalho inscrito.
Das Particularidades
28. As Ilustrações, HQ's e Publicações Alternativas poderão ser vendidas a qualquer interessado. Caso o autor deseje vender seu trabalho, deverá indicar o valor da obra no ato de inscrição. A organização do evento ficará com 10% do valor arrecadado.
29. Caso o autor queira suas Ilustrações e HQ’s originais de volta deverá colocar no verso de cada página a inscrição “Devolver!”. Se não puder resgatá-las em Teresina no endereço aonde foram encaminhados, todas serão devolvidos via sedex à cobrar. Ilustrações e HQ’s fotocopiadas ou impressas não serão devolvidas.
30. Todos os trabalhos que permanecerem seis meses após a 10ª Feira HQ nos arquivos do Núcleo de Quadrinhos do Piauí (NQ), poderão ser expostas novamente em outras ocasiões.
31. Todos os trabalhos premiados farão parte do acervo do NQ, bem como o conteúdo das Publicações Alternativas premiadas. O NQ terá direito de publicar qualquer trabalho premiado em ocasiões futuras sem qualquer ônus.
Da seleção e julgamento dos inscritos
32. Os trabalhos serão analisados por um júri composto de cinco integrantes, a ser constituído pela organização da 10ª Feira HQ.
33. A categoria Cosplay terá um juri específico, também composto por cinco pessoas.
34. Dos critérios de avaliação:
a. Ilustração: Composição, arte-final, originalidade;
b. História em quadrinhos: Desenho, roteiro, narrativa, composição, originalidade e gramática.
c. Publicação Alternativa: Conteúdo, gramática, diagramação e lay out.
d. Cosplay: Fidelidade, Interpretação e material impresso.
35. As dúvidas não previstas neste regulamento serão resolvidas pelo júri, cujas decisões são irrecorríveis e soberanas
Da premiação
36. Segue abaixo a lista:
01) Melhor História em Quadrinhos:
1º Lugar – R$ 500,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
02) Melhor História em Quadrinhos Estilo Mangá:
1º Lugar – R$ 500,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
03) Melhor Desenho para Quadrinhos
1º Lugar – R$ 300,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
04) Melhor Roteiro para Quadrinhos
1º Lugar – R$ 300,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
05) Melhor Ilustração
1º Lugar – R$ 300,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
06) Melhor Publicação Alternativa
1º Lugar – R$ 300,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
07) Melhor História em Quadrinho Infanto-Juvenil
1º Lugar – Kit Leitura e Desenho, Troféu & Divulgação
2º Lugar – Troféu & Divulgação
3º Lugar – Troféu & Divulgação
08) Melhor Ilustração Infanto-Juvenil
1º Lugar – Kit Leitura e Desenho, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Divulgação
3º Lugar – Troféu & Divulgação
09) Melhor Cosplay
1º Lugar – Kit Leitura e Desenho & Troféu
2º Lugar – Troféu & Divulgação
3º Lugar – Troféu & Divulgação
37. A 10ª Feira HQ acontecerá em setembro de 2009, no Clube dos Diários, Teresina-PI.
38. Serão desclassificados quaisquer trabalhos que infrinjam direitos autorais de outros criadores ou apropriações indevidas, com exceção dos Cosplayers e da divulgação de obras de outros em Revistas Alternativas.
39. O júri se resguarda o direito de cancelar categoria ou sub-categoria que não apresente qualidade artística ou quantidade mínima de trabalhos concorrentes de acordo com seus critérios.
01. A 10ª Feira HQ é um evento que se propõe incentivar a produção de Histórias em Quadrinhos (HQ's) no Brasil.
02. Os candidatos podem se inscrever em quatro categorias competitivas: História em Quadrinhos, Ilustração, Publicação Alternativa e Cosplay.
03. Existirão nove sub-categorias competitivas com premiação: 01) Melhor História em Quadrinhos; 02) Melhor História em Quadrinhos Estilo Mangá; 03) Melhor Desenho para Quadrinhos; 04) Melhor Roteiro para Quadrinhos; 05) Melhor Ilustração; 06) Melhor Publicação Alternativa; 07) Melhor HQ Infanto-Juvenil; 08) Melhor Ilustração Infanto-Juvenil; 09) Melhor Cosplay.
Das Histórias em Quadrinhos
04. As HQ’s encaminhadas podem ser originais ou fotocópias coloridas. Tema livre. O trabalho enviado poderá ser produzido originalmente em qualquer formato, mas padronizado em tamanho A3 para exposição, com margens de 3cm.
05. A HQ, de tema livre, deverá ter um máximo de 08 páginas, arte-finalizadas com qualquer técnica, preto-e-branco ou colorida.
06. Nesta categoria, os inscritos concorrem a Melhor História em Quadrinhos, Melhor Desenho para Quadrinhos e Melhor Roteiro para Quadrinhos .
07. Na premiação Melhor História em Quadrinhos não concorrem os trabalhos produzidos em estilo mangá, pois estes possuem categoria específica.
Da Sub-categoria Melhor História em Quadrinho em Estilo Mangá
08. As especificações para produção e critérios para seleção e inscrição da Sub-categoria Melhor História em Quadrinhos em Estilo Mangá são idênticas às da sub-categoria Melhor História em Quadrinhos citadas anteriormente.
09. As HQ's em Estilo Mangá não concorrem à premiação de Melhor História em Quadrinhos, pois possuem premiação específica, mas concorrerão de igual às demais histórias em quadrinhos nas sub-categorias Melhor Desenho para Quadrinhos e Melhor Roteiro para Quadrinhos.
Das Ilustrações
10. A Ilustração poderá ser colorida ou preto-e-branco, sendo válidas qualquer técnica e estilo. Podem ser originais ou fotocópias coloridas. Tema livre. O trabalho enviado poderá ser produzido originalmente em qualquer formato, mas padronizado em tamanho A3 para exposição, com margens de 3cm.
Das Publicações Alternativas
11. A Publicação Alternativa deverá ser sobre/com HQ e conter, no mínimo, 16 páginas, em qualquer formato, preto-e-branco ou colorido. Podem concorrer todos os Fanzines ou Revistas Alternativas produzidos em 2008 e 2009. Por Revista Alternativa, entende-se: publicação independente ou não, que proponha obras autorais e/ou fora do mercado editorial. Por Fanzine, entende-se revista do fã. Para inscrição na categoria Publicação Alternativa, cinco cópias devem ser doadas à organização. Além dessas, o concorrente deverá apresentar, no mínimo, 20 exemplares do título à venda durante toda a 10ª edição da Feira HQ. Caso não estejam as cópias presentes no evento desde o primeiro dia, o concorrente será eliminado. Se o concorrente não puder comparecer ao evento deverá encaminhar suas Publicações à organização, com carta em anexo (registrada e com aviso de recebimento) informando a quantidade e seu valor. No final do evento, será entregue ao inscrito a quantia correspondente à venda das mesmas (deduzido 10% do valor para o NQ) e serão devolvidas as restantes (via sedex à cobrar), caso não sejam vendidas todas.
Das categorias Infanto-juvenis
12. Candidatos com até 15 anos de idade poderão participar separadamente nas categorias HQ e Ilustração.
13. A HQ, deverá ter um máximo de 04 páginas, produzida em qualquer estilo, tema e formato, desde que apresentada em tamanho padronizado A3, cópia ou original, arte-finalizada com qualquer técnica, preto-e-branco ou colorida, com margens de 3cm.
14. A Ilustração deverá ser produzida em qualquer formato desde que apresentada em formato padronizado A3, cópia ou original, arte-finalizada com qualquer técnica, preto-e-branco ou colorida.
15. Caso o concorrente não possua CPF e/ou RG, as inscrições deverão ser feitas com a assinatura os dados dos pais ou responsáveis.
Da Sub-categoria Melhor Cosplay
16. São considerados válidos Cosplays de personagens originados em qualquer tipo de mídia desenhada, filmada ou de jogos. É vetada a participação e representação de personagens hentai como medida de segurança e integridade física para menores de idade e participantes em geral.
17. É terminantemente proibido o porte de explosivos, armas de fogo (mesmo descarregadas) e armas brancas com lâmina afiada. Apenas objetos que não representem perigo para os presentes no evento serão permitidos. O porte de objeto dará ao evento a autoridade da barrar o visitante na entrada e recolher o objeto ao guarda-volumes, tendo o visitante o direito de retirá-lo no final do evento.
18. É proibido pular do palco ou atirar objetos para fora dele durante a apresentação.
19. O cosplayer se responsabiliza pela integridade de aparelhagem e acessórios do evento quando em seu poder durante a apresentação ou enquanto estiver no evento.
20. Os cosplayers deverão levar para o júri, no momento da inscrição, visando facilitar a avaliação, material impresso (como letra de música, imagem do personagem, resumo de personalidade... O que o concorrente achar necessário para explicar sua apresentação). Este material será um dos quesitos para a participação e somará a nota final.
21. O cosplayer que não estiver presente, quando de sua apresentação, será imediatamente desclassificado.
22. O participante deverá respeitar o tempo limite de sua apresentação, sendo este de 1 (um) minuto para a fase de desfile e 5 (cinco) minutos para a fase de apresentação.
23. Esta categoria é aberta para pessoas com idade superior a 10 anos.
24. Os concorrentes podem competir uma única vez em apresentações individuais ou grupais. Caso interaja em outras apresentações, será automaticamente eliminado.
Das Inscrições
25. Os concorrentes deverão baixar a ficha de inscrição no blog ou comunidade no orkut do Núcleo de Quadrinhos do Piauí e inscreverem-se até 31 de agosto de 2009. A ficha deverá ser encaminhada pessoalmente pelo interessado, ou através dos correios ao seguinte endereço:
Núcleo de Quadrinhos do Piauí
Rua Dirce Oliveira, nº 3047
Bairro Ininga / Teresina – Piauí / CEP 64048-550
26. Pode-se concorrer com até 03 (três) trabalhos em cada categoria, com exceção da categoria Cosplay e das sub-categorias Infanto-juvenis: apenas um.
27. Em todas as páginas de quadrinhos e ilustrações enviadas deverá constar no verso: nome completo, Registro Geral, CPF, endereço, e-mail e telefone do participante, além da numeração de páginas e título de cada trabalho inscrito.
Das Particularidades
28. As Ilustrações, HQ's e Publicações Alternativas poderão ser vendidas a qualquer interessado. Caso o autor deseje vender seu trabalho, deverá indicar o valor da obra no ato de inscrição. A organização do evento ficará com 10% do valor arrecadado.
29. Caso o autor queira suas Ilustrações e HQ’s originais de volta deverá colocar no verso de cada página a inscrição “Devolver!”. Se não puder resgatá-las em Teresina no endereço aonde foram encaminhados, todas serão devolvidos via sedex à cobrar. Ilustrações e HQ’s fotocopiadas ou impressas não serão devolvidas.
30. Todos os trabalhos que permanecerem seis meses após a 10ª Feira HQ nos arquivos do Núcleo de Quadrinhos do Piauí (NQ), poderão ser expostas novamente em outras ocasiões.
31. Todos os trabalhos premiados farão parte do acervo do NQ, bem como o conteúdo das Publicações Alternativas premiadas. O NQ terá direito de publicar qualquer trabalho premiado em ocasiões futuras sem qualquer ônus.
Da seleção e julgamento dos inscritos
32. Os trabalhos serão analisados por um júri composto de cinco integrantes, a ser constituído pela organização da 10ª Feira HQ.
33. A categoria Cosplay terá um juri específico, também composto por cinco pessoas.
34. Dos critérios de avaliação:
a. Ilustração: Composição, arte-final, originalidade;
b. História em quadrinhos: Desenho, roteiro, narrativa, composição, originalidade e gramática.
c. Publicação Alternativa: Conteúdo, gramática, diagramação e lay out.
d. Cosplay: Fidelidade, Interpretação e material impresso.
35. As dúvidas não previstas neste regulamento serão resolvidas pelo júri, cujas decisões são irrecorríveis e soberanas
Da premiação
36. Segue abaixo a lista:
01) Melhor História em Quadrinhos:
1º Lugar – R$ 500,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
02) Melhor História em Quadrinhos Estilo Mangá:
1º Lugar – R$ 500,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
03) Melhor Desenho para Quadrinhos
1º Lugar – R$ 300,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
04) Melhor Roteiro para Quadrinhos
1º Lugar – R$ 300,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
05) Melhor Ilustração
1º Lugar – R$ 300,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
06) Melhor Publicação Alternativa
1º Lugar – R$ 300,00, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Publicação
3º Lugar – Troféu & Publicação
07) Melhor História em Quadrinho Infanto-Juvenil
1º Lugar – Kit Leitura e Desenho, Troféu & Divulgação
2º Lugar – Troféu & Divulgação
3º Lugar – Troféu & Divulgação
08) Melhor Ilustração Infanto-Juvenil
1º Lugar – Kit Leitura e Desenho, Troféu & Publicação
2º Lugar – Troféu & Divulgação
3º Lugar – Troféu & Divulgação
09) Melhor Cosplay
1º Lugar – Kit Leitura e Desenho & Troféu
2º Lugar – Troféu & Divulgação
3º Lugar – Troféu & Divulgação
37. A 10ª Feira HQ acontecerá em setembro de 2009, no Clube dos Diários, Teresina-PI.
38. Serão desclassificados quaisquer trabalhos que infrinjam direitos autorais de outros criadores ou apropriações indevidas, com exceção dos Cosplayers e da divulgação de obras de outros em Revistas Alternativas.
39. O júri se resguarda o direito de cancelar categoria ou sub-categoria que não apresente qualidade artística ou quantidade mínima de trabalhos concorrentes de acordo com seus critérios.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Coisinha pequena
O céu, teimoso, tornava azul
As estrelas, pálidas, desapareciam...
A aurora também é triste.
As estrelas, pálidas, desapareciam...
A aurora também é triste.
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