terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sin City – A dama fatal é muito bom

Ave!, Eva é Ava.

(Leia sem medo. Nada comprometedor)

Assisti recentemente ao novo Sin City. Que filme, heim? Não resisti e no dia seguinte fui até meu armário, peguei os 7 volumes publicados pela Devir. Dei uma folheada para relembrar e tentar fazer uma comparação. Li algumas páginas. Impressionante. Miller parece escrever e desenhar como se estivesse gravando em pedras. Irretocável. E que adaptação de Dama Fatal! Tirando alguns detalhes, apenas para tornar a história mais fluida no cinema, e até melhorando o efeito visual de algumas cenas que o audiovisual proporciona: como os carros rodeando Marv, como se fossem seus pensamentos, na cena de abertura do filme.

Pense numa porrada doida!

Enquanto assistia, reconheci facilmente algumas cenas espetacularmente adaptadas para a telona, como Ava pulando do trampolim e escorregando gentilmente para dentro da piscina, que ficaram gravados em minha memória de quando li o álbum, mas também fiquei angustiado porque não reconhecia as outras histórias que compuseram o filme. Na primeira adaptação, usaram A Grande Matança, Assassino Amarelo e A Cidade do Pecado (além do conto “O cliente tem sempre razão”, que é a abertura do filme), histórias que focam em Dwigth, Hartigan e Marv, respectivamente. As outras 4 edições publicadas no Brasil são: A Dama Fatal, A Noite da Vingança, De Volta ao Inferno e Balas, Garotas & Bebidas. Essa continuação para o cinema tem como base, obviamente, A Dama Fatal, narrando a história pregressa de Dwight, ou seja, conta uma história anterior ao que vimos no primeiro filme, que tem também outras duas histórias, além do curta “Mais uma noite de sábado” (sequencia de abertura).

Poker.

As histórias que me inquietaram durante o filme, porque não as reconheci, é uma sobre jogos de Poker com o Senador Roark (pai do Assassino Amarelo) e outra que mostra a vida de Nancy, a dançarina apaixonada por Hartigan, como se fosse a continuação direta daquilo que vimos no filme anterior. Ora! Essas histórias não foram desenhadas por Miller! Ou pelo menos não foram publicadas por aqui, até onde eu sei. Corrija-me quem puder! O fato é que são também muito boas histórias, e eu conseguia visualizá-las em 2D, nanquim e preto & branco em alto contraste.

Hartigan e Nancy.

Algumas das mudanças mais sentidas foi a troca de alguns atores. Dwigth não é mais Clive Olwen (mas tudo bem, isso nunca seria um problema, se você conhece os quadrinhos). Miho também mudou, o que parece ter agradado a maioria. A falta mais sentida é a ausência de Michael Clark Duncan como Manute, mas tudo bem, arrumaram também um ator à altura do personagem, não incomoda tanto.



É um filme irreal, com seus exageros maravilhosos, exalando hormônios e fumaça. Recomendo muito. Vá assistir com a namorada, porque minha mulher disse que é até um filme romântico.




Obs: Ainda há muita coisa daquela cidade baixa que não foi adaptada para os cinemas. Esperando um terceiro filme, de volta ao inferno, e que não demore tanto para acontecer.

Tchau!

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