quarta-feira, 6 de junho de 2012

10 anos de Mágico Vento no Brasil

Capa da edição nº 120

Foi Mágico Vento que me tornou de vez um leitor bonelliano. Eu já tinha lido Dylan Dog e Ken Parker, claro!, e são ótimos quadrinhos, acreditem em mim. Mas até então nunca tinha lido Tex, por exemplo. Agia com um certo preconceito com o ranger amarelo, essa é que é a verdade. As pessoas diziam, de forma pejorativa, que Tex era "revista de pedreiro". O fato é que Tex tinha uma linguagem muito diferente do que eu era acostumado a ler: quadrinhos de super heróis e de terror. Eu não conseguia ver essas duas coisas em Tex. Algo travava minha leitura contra esse totem dos quadrinhos italianos. Até surgir Mágico Vento.



Logo nas primeiras edições de Mágico Vento somos inseridos em tramas intensas, com ótimos e ágios desenhistas de ação, com monstros e criaturas vindo das profundezas do inferno. Vemos um xamã se tornar um tipo de Obi Wan Kenobi pra Ned Ellis, o protagonista, que muitas vezes desperta super poderes  se tornando uma fera invencível ou um espírito capaz de viajar pelos planos astrais, ao mesmo tempo que vemos desenrolar histórias envolvendo demônios ancestrais e grandes intrigas políticas, incluindo as tramas de Washington e as construções das grandes estradas de ferro além de sangrentas lutas entre brancos e indígenas. Cada edição, uma epopeia. E é por causa disso, que me acostumei com o velho oeste da Bonelli e hoje, sou um feliz leitor de Tex (pelo menos das edições Gigantes, que saem vez por outra).

Capa da edição nº 4, que me fisgou

E, claro, como eu disse no título, agora em junho, Mágico Vento chegará à edição nº 120. São 10 anos de excelente trabalho da editora Mythos, mantendo sempre a ordem cronológica das edições e o cuidado com as seções de cartas e os textos complementares de cada edição, agradando o sempre exigente leitor desses quadrinhos italianos.

Pra todos os leitores assíduos de mangás e comics, recomendo com muita força esses fumettis, para que vocês descubram todo um mundo novo, como foi pra mim.

Mitakuye Oyasin!

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