01
O caracol é um cu ambulante.
02
Vamos trocar o verso:
“OSREV!”
03
Verso versa vencido
Cantando, gritando, perdido.
04
A arma engatilhada: Fudeu a alma!
05
O calendário repetitivo estampava flores em maio e uma pequena ponte em abril.
O calendário repetitivo estampava filhotinhos em maio e um moinho em abril.
06
O falo agita a calma.
07
As unhas ruídas até a raiz,
Mal feitas, cerradas, sangrando.
08
Quando olhamos o passado
Viajamos no mundo interno
Agimos como um homem caçado.
09
Quem no ônibus embarca
Arca com a conseqüência
De na barca incongruência.
10
O brilho do sol queima as retinas do olho do ovo cru, assando na calçada.
11
O urubu deu um rasante onírico ao redor da carniça. Circulando e rodando e abaixando o bico a procurar, o olho mais podre, o ânus cheio de odores.
12
Rasteja a cobra indo embora
Com a língua venenosa a sibilar
Dobrando o corpo, subindo a tora
Do pau morto, onde é seu lar.
13
Uma do par de pernas expostas na calçada apresentava o rasgo na coxa. Em brasa, chamava os olhos do transeunte que passava. Do lado, uma caixinha velha de papelão com moedas douradas, prateadas e cobres. Cobra!, o ingresso do show o mendigo de mão estendida, cara perdida, alma vencida.
14
O vento acende as bandeirolas trançadas no céu, compondo com o veludo negro um mar de véus tremulantes.
15
A lua é o olho do peixe das profundezas abissais das águas negras do universo.
As estrelas são escamas brilhantes dos que nadam nesse alto-mar.
16
Travesso, quebrei a travessa.
17
A saia florida escondia as úmidas pétalas da menina.
18
Risquei um círculo torto, trêmulo, tremendo traço errado, cansado, casado com desgosto, sem arte, sem posto.
“OSREV!”
ResponderExcluirMuito bom!! Ta legal!!
05
ResponderExcluirO calendário repetitivo estampava flores em maio e uma pequena ponte em abril.
O calendário repetitivo estampava filhotinhos em maio e um moinho em abril.
lindo,,, de uma poesia rara!
pronto,
ResponderExcluirsalvei a pagina toda pra ler em casa
(estou na casa do pedro)
coisinha 06.
ResponderExcluir06.